Porto: Diocese homenageou longevidade do «amor» vivido em família

Dia da Família reuniu 1240 casais entre os quais vários com 10, 25, 50 e 60 anos de união

Foto Henrique Matos / Agência Ecclesia

Porto, 28 mai 2018 (Ecclesia) – O bispo do Porto celebrou este domingo o Dia Diocesano da Família, com a homenagem a vários casais que assinalaram 10, 25, 50 e 60 anos de vida matrimonial.

Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Manuel Linda enalteceu o exemplo destas famílias para a sociedade atual.

“Nós temos pessoas que de facto apostam no amor e vivem o amor e mostram à sociedade que vale a pena esta aposta. Estes casais já são por si uma notícia e uma notícia alegre”, salientou aquele responsável.

A celebração do Dia da Família na Diocese do Porto chamou centenas de casais e famílias ao Pavilhão Multiusos de Gondomar, numa iniciativa que teve como lema ‘O Evangelho da família, alegria para o mundo’.

No final da eucaristia, o bispo do Porto salientou a importância de envolver cada vez mais as novas gerações neste exemplo de fidelidade e de amor que deve brotar das famílias.

“Há certas realidades que não se transmitem por palavras, certas ideias que não vale a pena demonstrar muito, há atitudes que se absorvem a partir do que se vê. E se eles trouxerem os filhos e os netos, eles passam a melhor mensagem”, defendeu D. Manuel Linda.

Ao todo, este Dia Diocesano da Família contou com mais de 1240 casais vindos das 477 paróquias da região do Porto.

Uma oportunidade também para abordar alguns dos principais desafios que pesam hoje sobre a vida das famílias ou de quem quer constituir família.

Na opinião do diretor do Secretariado de Pastoral da Família da Diocese do Porto, Ângelo Soares, “a mobilidade laboral é um problema importante”, assim como “a dispersão geográfica, que se esbate um pouco pela facilidade das comunicações nos dias de hoje”.

Também “a tónica muito grande que se põe hoje em dia na economia, no ganhar, no sucesso, às vezes desvia as prioridades”.

“Os pais não estão porque passam muitas horas no emprego, porque se assim não for põem em causa a subsistência. Todas estas solicitações às vezes impedem as famílias de se reunirem como tal, pelo menos tantas vezes como desejaria. Às tantas quando dão por ela já é tarde”, realça Ângelo Soares.

Neste aspeto, cabe às famílias e às novas gerações se empenharem em mudar este contexto mais adverso, que pede também uma maior capacidade de compreensão e de compromisso no meio dos casais.

“Hoje os jovens à mais pequena coisa separam-se logo. Nós antigamente zangávamo-nos, mas passado um bocado já estava tudo passado. Agora não, uma zanga para um casal jovem normalmente dá em separação, não têm paciência para sofrer. Porque o casamento não é só rosas”, aponta Luís Ferreira.

Que com a sua esposa, Maria Ernestina, celebrou 50 anos de casamento.

Na celebração que decorreu em Gondomar, ficou ainda marcada a importância que estes casais católicos atribuem à fé para a manutenção dos seus laços.

“É o ter o Deus que está connosco, é aquela terceira mão que segura as nossas mãos e que nos vai ajudando a relativizar também as coisas e até a esquecer esses momentos menos fáceis”, explicou Matilde Almeida.

E dos mais novos conseguirem estar atentos às “pistas” que vão saindo da experiência dos seus pais e avós, de modo a conseguirem transportá-las para a sua vida futura, em família.

HM/JCP

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