2019: D. Nuno Almeida pede que ano de eleições sirva para varrer «lixo da corrupção»

Bispo auxiliar de Braga deixa mensagem no Dia Mundial da Paz, presidindo à Missa na Catedral arquidiocesana

Braga, 01 jan 2019 (Ecclesia) – D. Nuno Almeida, bispo auxiliar de Braga, disse hoje na catedral local que o ano eleitoral de 2019, em Portugal, é uma oportunidade para exercer uma “cidadania atenta, ativa e criativa”, criticando o “lixo da corrupção”.

“No ano que findou, saímos do lixo financeiro, mas tomámos consciência de que continuámos a ‘atolar-nos’ no lixo da corrupção. Também está nas nossas mãos e nas nossas decisões uma mudança séria e a sério. Que ninguém nos roube a nossa liberdade de escolha”, declarou, numa homilia enviada à Agência ECCLESIA.

O responsável presidiu à Missa da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, no 52.º Dia Mundial da Paz.

Recordando os apelos do Papa em favor da “boa política”, D. Nuno Almeida pediu um empenho concreto dos católicos neste campo.

“Porque muitos cristãos têm medo de sujar as mãos, corremos o risco de deixar a política em algumas mãos muito sujas”, advertiu.

Não nos deixemos seduzir com a propaganda política profissionalmente orientada, mas balofa e a fingir. Não permitamos que alguns euros a mais na reforma ou no salário comprem as nossas convicções profundas”.

O bispo auxiliar de Braga agradeceu depois à “maioria” dos políticos, que servem com sentido de missão, desejando que a Igreja e a sociedade “se construam, à imagem do Presépio, como casa para todos”.

“Todos somos chamados a trabalhar para que as instituições, as leis e os diversos ambientes sejam atingidos por um humanismo transcendente que ofereça às novas gerações oportunidade de plena realização e de trabalho para construir a civilização do amor fraterno, coerente com a mais profunda exigência de verdade, de liberdade e de justiça do ser humano”, acrescentou

A intervenção recordou o Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo Papa para outubro deste ano.

“Confiamos a Maria este Ano Missionário, pedindo-lhe que, sobretudo, nos ensine a convocar, motivar e encantar os jovens na luta pela verdade, pela justiça e pela paz”, disse D. Nuno Almeida.

A homilia concluiu-se com uma série de conselhos para viver o Dia Mundial da Paz, com que a Igreja Católica inicia o novo ano: “Aprendamos a sorrir mais, a dizer «bom dia» a toda a gente, a estender uma mão para o perdão, e a outra mão para o partir-do-pão e, deste modo, façamos olhemos o próximo, nunca como escravo, como coisa, meio ou rival, mas sempre e só como irmã e irmão”.

OC

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