Acólitos: Papa quer uma «maior consciência do que é o serviço ao altar»

Dizem responsáveis católicos que acompanham grupo português em Roma

Cidade do Vaticano, 05 ago 2015 (Ecclesia) – O apelo à missão deixado pelo Papa aos acólitos de todo no mundo, no âmbito do encontro internacional do setor a decorrer em Roma, já foi abordado pelos responsáveis da Igreja Católica que acompanham a comitiva lusa.

Em entrevista à Agência ECCLESIA, a partir da capital italiana, o presidente da Comissão Episcopal da Liturgia e Espiritualidade, D. José Cordeiro, disse que a intervenção de Francisco convida a “uma tomada maior de consciência do que é o serviço ao altar, que é um serviço a Cristo, aos irmãos e ao evangelho da esperança”.

“O tema deste encontro é ‘Eis-me aqui, podes enviar-me’, e tanto a audiência com o Papa como as celebrações, de um modo especial na igreja de Santo António dos Portugueses, como o convívio uns com os outros, têm sido esse desafio continuado, à missão e à relação com Jesus Cristo cada vez mais autêntica e verdadeira”, salientou.

A peregrinação internacional de acólitos, que tem lugar de cinco em cinco anos, reúne este ano cerca de 9 mil participantes, entre os quais 230 portugueses.

O principal objetivo do evento, organizado pelo “Coetus Internacionalis Ministrantium”, associação internacional de acólitos, é promover o contacto dos grupos com a universalidade e a dimensão comunitária da Igreja Católica.

Ao mesmo tempo, com um programa repleto de iniciativas de oração e partilha, desafia os acólitos a um caminho de maior abertura a Deus e aos outros.

D. José Cordeiro destaca “uma experiência muito positiva e marcante”, que teve como um dos pontos altos dois encontros com o Papa Francisco, esta terça-feira na Praça de São Pedro e hoje na Ala Paulo VI, durante a habitual audiência pública das quartas-feiras.

Ocasião em que teve oportunidade de trocar algumas palavras com o Papa argentino, que “ficou muito contente por ver uma participação de acólitos de língua portuguesa tão entusiasmada”.

“230 portugueses ali a gritar ‘viva o Papa e viva Portugal’ foi muito bonito, e a última palavra que ele me disse foi ‘reza por mim’ e disse isso em português”, confidenciou.

A direção do Serviço Nacional de Acólitos, liderada pelo padre Luís Leal, também se encontra em Roma a acompanhar a comitiva lusa.

Segundo o sacerdote, o encontro internacional de acólitos tem sido uma “jornada de festa” mas também um tempo de interpelação à Igreja Católica portuguesa, para que procure “chegar mais perto dos acólitos”.

“No nosso caso concreto, enquanto serviço nacional, isso significa também colaborar com as dioceses, com a consciência de que os acólitos não são meros servidores de mesa, mas servidores de Cristo, e por isso temos de nos virar também muito mais para a formação, ajudar os acólitos a terem essa consciência, no serviço, na dedicação, não só no altar mas no dia-a-dia das suas vidas”, complementou.

O padre Luís Leal teve também a oportunidade de "agradecer ao Papa, em nome de todos os acólitos, o grande amor que ele tem a Cristo e à sua Igreja".

Até sexta-feira, o grupo português presentes em Roma vai participar ainda em diversas atividades, incluindo uma visita às Catacumbas de São Calisto, com celebração de missa na capela de São Tarcísio, o padroeiro universal dos acólitos.

JCP      

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