Advento: Cardeal-patriarca de Lisboa apela a um tempo marcado pela «caridade, sentida e praticada»

D. Manuel Clemente deixou este desafio durante a ordenação de três diáconos no Mosteiro dos Jerónimos

Foto: Luís Moreira / Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 03 dez 2018 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca de Lisboa desafiou este domingo todas as comunidades católicas a serem sinais da proximidade de Cristo, neste início de Advento, junto de todos quanto hoje vivem em maior dificuldade.

Numa celebração de ordenação de três diáconos, no Mosteiro dos Jerónimos, D. Manuel Clemente realçou que “viver o Advento é sê-lo para os outros, que são sinais de Cristo, que nos toca e reclama”.

“Repetindo a sua proximidade em relação a quem mais sofra fragilidades e ruínas. A cor litúrgica do Advento induz-nos à conversão, que se traduz em caridade, sentida e praticada”, apontou o cardeal-patriarca de Lisboa.

Este domingo (2 de dezembro), na Igreja de Santa Maria de Belém, no Mosteiro dos Jerónimos, D. Manuel Clemente presidiu à ordenação diaconal de Miguel Romão Rodrigues (Paróquia da Amadora), Tiago Ferreira Roque (Vimeiro, Lourinhã) e Jacob Jojo Kadavimparambil Georg (Diocese de Cochim, na Índia), todos do Seminário dos Olivais.

A Eucaristia de ordenação coincidiu com o início do tempo litúrgico do Advento, etapa de preparação para o Natal, em que os cristãos celebram o nascimento de Cristo.

Na sua homilia, o cardeal-patriarca de Lisboa referiu que pode “parecer contraditório” falar de “boa nova”, num tempo marcado por tantos dramas, humanos e ambientais, “como a desertificação, a falta de água potável e os cataclismos que o descuido humano provoca, ou os intermináveis conflitos que eliminam tantas vidas e desfiguram a terra”.

“Como podemos considerar ‘boa nova’ um tal cenário de coisas graves, que mais provocariam medo do que esperança? Parece contraditório, entre tantas imagens do fim, mas nós cristãos sabemos que o não é”, frisou D. Manuel Clemente, que recordou depois um tempo em que Cristo vem para “preencher de vida” a humanidade.

“Depois do Advento virá o Natal. Porém, como aconteceu na sua primeira vinda, Jesus continuará a ‘nascer’ no lugar que encontrar. Há dois mil anos só pôde ser num presépio, pois ‘não havia lugar na hospedaria’. Preparemos-lhe agora um lugar melhor, no nosso coração e na nossa vida”, apelou o cardeal-patriarca de Lisboa.

JCP

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