América Latina: Papa vai encontrar-se com indígenas do Peru, Bolívia e Brasil

Cidade do Vaticano, 03 jan 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai encontrar-se com indígenas do Peru, da Bolívia e do Brasil no dia 19 de janeiro, em Puerto Maldonado, cidade peruana da região da amazónia.

“Explicamos quem é o Papa Francisco, o que representa para a Igreja e para a humanidade, que mensagem está dando hoje, por que vem a Puerto Maldonado e por que deseja ter um encontro específico com eles”, referiu ao portal do Vaticano o bispo do Vicariato Apostólico de Puerto Maldonado.

Em comunicado, D. David Martínez Aguirre revelou que enviou convites aos povos indígenas para participarem no encontro com o pontífice onde escreveu: “O Papa Francisco vem para vos ver”.

Do encontro, no dia 19 de janeiro, o prelado espera que os povos indígenas “sejam reconhecidos como protagonistas importantes” que devem participar na política a nível nacional e mundial e “não apenas nas que afetam os seus territórios”.

O Papa vai realizar a sua quarta visita à América Latina, mais concretamente ao Chile e ao Peru, entre 15 e 21 de janeiro.

Francisco chega ao Peru no próximo dia 18 onde vai encontrar-se com as autoridades civis, visita o presidente da República e encontra-se com os Povos da Amazónia no Centro Regional Madre de Dios.

O bispo do Vicariato Apostólico de Puerto Maldonado, D. David Martínez Aguirre, recordou que o Papa na sua Encíclica ‘Laudato Si’ escreve que “os povos indígenas são minorias que devem ser levadas em conta”, porque estão a dar “a possibilidade de outras direções à humanidade”.

Ainda no documento dedicado à ecologia integral, publicado em 2015 – com 246 parágrafos em seis capítulos -, Francisco sustentou que a exploração dos recursos naturais não deve apostar no benefício imediato, num comentário à desflorestação da Amazónia.

A viagem do Papa começa no Chile, no próximo dia 16, seguindo um programa já divulgado pelo Vaticano.

O Papa Francisco convocou uma assembleia especial do Sínodo dos Bispos para a região pan-amazónica, em outubro de 2019, no Vaticano.

“O principal objetivo desta convocação é identificar caminhos para a evangelização dessa porção do Povo de Deus, especial dos indígenas, muitas vezes esquecidos e sem a perspetiva de um futuro sereno”, explicou no dia 15 de outubro de 2017.

Na sua encíclica ‘Laudato si’, o Papa deixou sobre a desflorestação da Amazónia, sustentando que a exploração dos recursos naturais não deve apostar no benefício imediato.

O argentino já tinha aprovado a criação de uma Rede Eclesial Pan-Amazónica, a REPAM, que inclui representantes de comunidades católicas de nove países.

CB/OC

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