Braga: Arcebispo quer restabelecer o valor do dia de domingo

D. Jorge Ortiga apelou à santidade da peregrinação arquidiocesana ao Sameiro

Braga, 04 jun 2018 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga defendeu, na peregrinação arquidiocesana ao Sameiro, que tem de ser restabelecido o valor do dia de domingo e o seu compromisso cristão.

“Uma das prioridades pastorais a assumir é a exigência de criar uma cultura e uma opinião pública capazes de restituir ao Domingo a sua natureza de dia consagrado ao descanso mas também ao Senhor, com tudo o que isto implica”, declarou, na sua homilia deste domingo, enviada à Agência ECCLESIA.

“O cristianismo e a laicidade não são inconciliáveis. São muitos os problemas a equacionar, mas os cristãos devem dar um contributo para a reorganização da sociedade, dando-lhe um rosto mais humano e onde o trabalho se coaduna com todas as exigências naturais”, acrescentou D. Jorge Ortiga.

O arcebispo de Braga acrescentou que “Deus precisa de tempo para dar plenitude à vida” e a família cresce através do “descanso em comum” e do diálogo para se estruturar.

Nesta peregrinação arquidiocesana, D. Jorge Ortiga frisou que a “santidade é para todos”, citando a última Exortação Apostólica do Papa Francisco.

“É um convite universal e ninguém deve ter medo da santidade pois ela nada tira à vida, antes lhe dá sentido e alegria. O grande desafio que a sociedade atual coloca à Igreja diocesana é o do compromisso efectivo no caminho da santidade, sabendo que ela se realiza na vivência dos pequenos gestos que transformam a vida”, prosseguiu.

O arcebispo primaz considerou a santidade, para leigos e sacerdotes, como a “única hipótese de mostrar ao mundo o que temos de válido, de diferente e original”.

D. Jorge Ortiga apontou o perigo “ a eliminar com urgência”: “alguns sacerdotes e leigos deixaram-se instalar em determinadas rotinas e o seu testemunho cristão tornou-se amorfo”.

Como resposta ao desafio da santidade colocado à arquidiocese e sociedade civil o arcebispo de Braga falou dos “grupos semeadores da esperança”, como um programa para ter tempo para questões de espiritualidade e aprofundamento da fé.

“São muitos os problemas a equacionar, mas os cristãos devem dar um contributo para a reorganização da sociedade, dando-lhe um rosto mais humano e onde o trabalho se coaduna com todas as exigências naturais”, referiu.

SN

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