Braga: Capela Imaculada é um espaço «onde Deus e o Homem desejam encontrar-se»

D. Jorge Ortiga disse na celebração de dedicação que a Igreja ofereceu à Humanidade as «mais belas obras de arte»

Braga, 07 dez 2015 (Ecclesia) – O arcebispo de Braga presidiu este domingo à dedicação da Capela Imaculada e Altar destacando que nos espaços sagrados “Deus e o Homem desejam encontrar-se”.

“Uma capela, uma igreja, uma basílica, um santuário, devem ser entendidas fundamentalmente como espaços sagrados onde Deus e o Homem desejam encontrar-se. Uma casa que nos reúne, na qual se é atraído por Deus e onde estar com Deus nos une reciprocamente”, disse D. Jorge Ortiga.

O prelado recordou que na visita Ad Limina, o Papa Francisco, pediu ao episcopado português que não promova “apenas conhecimentos cerebrais, mas um encontro pessoal com Jesus Cristo, vivido em dinâmica vocacional segundo o qual Deus chama e o ser humano responde”.

Neste contexto, na homilia enviada à Agência ECCLESIA, o arcebispo de Braga comentou que a capela no coração do Seminário de Nossa Senhora da Conceição torna-se “o espaço privilegiado de encontro com Deus” para os que ali trabalham e passam – os Serviços Centrais; o Auditório Vita; o Centro Cultural e Pastoral e o Seminário Menor.

“São espaços restaurados, e com grande alegria os colocamos ao serviço da comunidade cristã e civil”, acrescentou D. Jorge Ortiga, pedindo a quem passar em frente da Capela Imaculada se sentir o “toque de Deus, o convite”, não feche o coração e “deixe que Ele faça morada”.

O prelado que desenvolveu a homilia a partir do Evangelho lido na celebração, sobre o encontro entre Jesus e Zaqueu, o chefe dos publicanos de Jericó, destacou que sentir-se chamado “implica uma pergunta maior e audaz” que poucos artistas e intelectuais “arriscaram depois do Iluminismo”.

“Quem me chama? quem nos chama? Ousar a questão tem hoje, em determinados círculos intelectuais e artísticos, tanto de ousado e ridículo quanto Zaqueu subir a uma árvore para ver Jesus”, desenvolveu.

Dirigindo-se sobretudo aos seminaristas e sacerdotes, o bispo de Braga recordou que, “ao longo dos séculos”, a Igreja ofereceu à Humanidade as “mais belas obras de arte”.

“Da pintura à escultura, das capelas às catedrais, da literatura à música, o génio cristão inspirou uma plêiade de artistas e marcou indelevelmente o mundo. E tal foi possível porque se deixou iluminar pela Palavra de Deus, farol para os seus passos e luz para os seus caminhos”, acrescentou D. Jorge Ortiga.

O Departamento da Comunicação da arquidiocese minhota informa que a intervenção na Capela Imaculada procurou dar resposta às “atuais necessidades” do seminário e às “solicitações dos grupos pastorais que o frequentam”.

Construída, no final da década de 40, no “coração” do Seminário de Nossa Senhora da Conceição porque a dimensão espiritual “assume particular importância no discernimento vocacional e na ação pastoral” tem capacidade para 700 pessoas.

Com uma “versatilidade de resposta” a assembleias celebrativas de média, pequena ou grande dimensão, a Arquidiocese de Braga assinala que “não é para uso exclusivo do seminário” continuando aberto à utilização por parte da comunidade envolvente.

O projeto de reconstrução foi inspirado no mistério da Conceição Imaculada de Maria, a posição do altar e do ambão foi deslocado para uma posição mais central ficando coberto por uma abóbada de betão suspensa e no seu final tem um volume cilíndrico de madeira onde vai ficar um oratório para a comunidade do seminário.

CB/PR

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