Bragança-Miranda: D. António José Rafael «preocupou-se mais com as pessoas do que com as pedras», diz sucessor

D. António Moreira Montes lembrou «dimensão sacerdotal do apostolado» do falecido bispo

Foto: Diocese de Bragança-Miranda

Bragança, 30 jul 2018 (Ecclesia) – O bispo emérito de Bragança-Miranda, D. António Moreira Montes, disse hoje que o seu antecessor se “preocupou mais com as pessoas do que com as pedras”, admitindo que D. António José Rafael fique, “naturalmente, conhecido como o bispo construtor da catedral”.

“Essa visão pode desfocar a realidade: se, de facto, ficará conhecido como o bispo da catedral, é bom sublinhar que o seu interesse eram as pessoas e as gentes e daí a sua dimensão apostólica sacerdotal”, referiu à Agência ECCLESIA.

D. António José Rafael, que morreu este domingo aos 92 anos de idade, foi auxiliar de Bragança-Miranda, entre 1977 e 1979, e depois bispo r da diocese até 2001, ano em que foi dedicada a Sé de Bragança, a 7 de outubro, a qual começou a ser construída em 1981.

“Preocupou-se mais com as pessoas do que com as pedras”, frisou D. António Moreira Montes, que substituiu no governo da diocese transmontana o falecido bispo.

Após a Missa Exequial, na Catedral de Bragança, D. António José Rafael é sepultado no átrio dos bispos da Sé.

D. António Moreira Montes recorda “um bispo que tinha um coração sacerdotal” e que gostava das pessoas, das gentes, tendo contribuído para que a diocese tivesse “novos movimentos”, como os Arautos do Evangelho; deu também “grande impulso” a outros, como os Convívio Fraternos, de primeiro anúncio, destinado aos jovens, ou os Cursilhos de Cristandade “em que tinha colaborado muito em Lamego”.

Foto: Diocese de Bragança-Miranda

“Também teve o mérito de ter contribuído para elevar a antiga Sé de Miranda do Douro a concatedral”, destacou ainda D. António Montes, que revelou ter “boas recordações pessoais” do seu antecessor.

O atual bispo diocesano, D. José Cordeiro, recordou também hoje à Agência ECCLESIA um “homem zeloso e pastor dedicado”.

O porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa salientou 92 anos “intensamente vividos ao serviço da Igreja” e o presidente da República Portuguesa prestou homenagem a uma “vida longa ao serviço da Igreja, do povo transmontano e dos portugueses”.

D. António José Rafael nasceu em 1925 e viveu os últimos anos no Instituto Diocesano do Clero, na Fundação Betânia, na Diocese de Bragança-Miranda, depois de um princípio de AVC, em 2013.

CB/OC

 

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