Confederação denuncia «novas e piores formas de exploração» no trabalho infantil

A CNASTI – Confederação Nacional de Acção sobre o Trabalho Infantil, acredita que é necessário continuar em 2005 o seu plano de acção “Agir contra todas as formas de exploração infantil”, considerando que “novas e piores formas de exploração das nossas crianças aparecem todos os dias”. “Isto prova que a realidade de hoje do trabalho infantil já não é igual à realidade que se vivia há dez anos atrás, quando esta Confederação foi fundada. A conscientização para os direitos das crianças, tem de prosseguir”, refere um comunicado, hoje enviado à Agência ECCLESIA. A organização pede que a justiça actue e os agressores sejam punidos “exemplarmente”. O desemprego, o endividamento das famílias, o insucesso e consequente abandono escolar são temáticas em destaque na acção da CNSATI para 2005. “Constata-se que a população está mais sensibilizada para a problemática do trabalho infantil, no entanto, com o agravamento da situação económica e a consequente falta de apoio social, poderá levar alguma população mais desprevenida a enveredar por praticar actos menos dignos”, alerta. Assembleia Geral A CNASTI reuniu no passado dia 27 de Novembro a sua Assembleia Geral. Da ordem de trabalhos, como oportunamente foi divulgado, constavam a aprovação do Plano de Acção e Actividades para 2005, o respectivo orçamento, a admissão de novos sócios individuais e a eleição dos Órgãos directivos para o próximo triénio de 2004 a 2007. Neste dinamismo, acreditando que vale a pena prosseguir este projecto inovador, a CNASTI apresenta o Plano de Acção e Actividades para o ano 2005, baseado na continuidade, utilizando todos os meios que cada uma das organizações filiadas possui e, em colaboração com os associados individuais, continuar esta luta, não só em Portugal mas também a nível Europeu e Mundial, através da “Marcha Global”. Em anexo encontram-se os objectivos, as acções e os meios para as realizar. A Assembleia aprovou também o orçamento da CNASTI para 2005, que prevê um montante de 99.643 Euros para custos e perdas e proveitos e ganhos. Um orçamento de muita contenção, suportado quase na totalidade pelas organizações associadas e sócios individuais, aberto no entanto, a donativos de pessoas ou organizações e até empresas, que se identifiquem com os objectivos da CNASTI, na luta contra o trabalho infantil. As acções previstas apostam fortemente no voluntariado, como tem sido característico no trabalho desenvolvido pela CNASTI. No decorrer dos trabalhos foram admitidos mais oito sócios individuais. Trata-se de pessoas e personalidades que têm colaborado com a CNASTI em diversas iniciativas, possuindo algumas delas, laços históricos na luta organizada contra o trabalho infantil em Portugal. Por fim, a Assembleia geral elegeu, por voto secreto, a única lista apresentada pela Direcção Executiva, que previamente tinha merecido o consenso das organizações, tendo sido eleita por unanimidade das organizações e sócios individuais presentes, ficando os Órgãos Directivos da CNASTI para o próximo triénio. Braga, 02 de Dezembro de 2004 A Presidente da Comissão Executiva da CNASTI Teresa de Jesus R. Costa Notícias relacionadas • Plano de acção e actividades para o ano 2005 da Confederação Nacional de Acção Sobre Trabalho Infantil

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