Conhecer a realidade das prisões é urgente

Conhecer a realidades das prisões é urgente aponta a Obra Vicentina, que este fim de semana organizou em Santa Maria da Feira um dia de reflexão sob o tema “A reclusão e as suas consequências. Como Ajudar?”. “Conhecendo primeiro a realidade dos estabelecimentos prisionais no nosso país”, responde à Agência ECCLESIA Manuel Almeida dos Santos, responsável da Obra Vicentina de Apoio aos Reclusos, na diocese do Porto, manifestando que “apenas chegamos a dois por cento da população prisional. Faltam 98%”, sublinha. Neste dia de reflexão estiveram presentes vicentinos, auxiliares, capelães e visitadores para que todos tivessem uma percepção actual da realidade a que os reclusos estão sujeitos, realidade esta que influencia também as suas famílias. “É necessário melhorar a sensibilidade da comunidade para a situação das prisões”, aponta o responsável. Comunidade civil e religiosa, “ficamos com a certeza que o nosso trabalho é muito pequeno dada a dimensão do restante que é preciso desenvolver. Mas para isso é preciso envolver todas as entidades”, aponta Manuel Almeida dos Santos. A Obra Vicentina presta apoio moral, espiritual e material aos reclusos, para que depois da situação de reclusão possam retomar a sua vida familiares e profissional de forma a impedir a reclusão. “Temos em conta que muitas vezes é impossível retomar os laços familiares que se mantinham antes da reclusão”, explica Manuel Dos Santos. Quando essas situações acontecem, contam com a ajuda de instituições que acolhem temporariamente os ex – reclusos “e prestam apoio material e ajudam nos primeiros tempos”, explica o responsável pela Obra Vicentina. Estas instituições também estiveram presentes na Jornada de reflexão partilhando o seu trabalho. A reincidência dos reclusos é “superior a 50 %”, dá conta Manuel dos Santos. O trabalho desenvolvido “não é fácil”. Por isso é preciso que todos se envolvam. O Padre João Gonçalves, coordenador nacional da Pastoral das Prisões deu o seu testemunho e tomou “consciência das dificuldades de desafios futuros que se colocam”, apontou Manuel dos Santos.

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