«Crise de militância» assola juventude agrária

Actualmente, a Juventude Agrária e Rural Católica (JARC) está a atravessar uma «crise de militância», efeito causado por tantas crises que assolam a sociedade actual. A indicação é dada por Sofia Martins, animadora deste movimento na diocese de Lisboa, durante um encontro nacional, que juntou, em Braga, 19 animadores, durante este fim-de–semana, subordinado ao tema geral do movimento “Geração (à) rasca”. O objectivo essencial do encontro era «dar formação aos animadores mais jovens» a partir do método, usado pelos Movimentos da Acção Católica, de revisão de vida (ver, julgar e agir), refere Vera Vieira, animadora da equipa nacional. Para esta responsável, militante do grupo de base de Castelo de Neiva, Viana doCastelo, era necessário dar aos novos animadores «dinâmicas de trabalho mais atractivas» e, nesse sentido, «pedimos a antigos militantes, para falarem aos novos animadores contando a sua experiência de vida em relação ao método de revisão de vida». Durante a formação que terminou ontem, os animadores, analisaram, também, temáticas ligadas aos valores e contravalores dos jovens actuais. Em dois grupos de trabalho debateram questões ligadas à sexualidade e ao alcoolismo na juventude. Este trabalho vai levar à organização de algumas campanhas de sensibilização que os grupos de base poderão projectar, em estreita colaboração e ligação com as paróquias onde se inserem. As dioceses de Braga e Viana do Castelo, juntamente com a de Lisboa, são as que mais militantes abarcam, referem as animadores nacionais, em declarações ao Diário do Minho. Em Braga, existem seis grupos de base do movimento e em Viana do Castelo há dois. «Os grupos de base são a força do nosso movimento» defende Vera Vieira, esclarecendo que toda a estrutura hierárquica do movimento existe como suporte a estes grupos. Nos próximos encontros quer diocesanos quer nacionais, vai ser estabelecido o plano de actividades para 2008. «Porque somos apoiados pelo Instituto Português da Juventude há a necessidade de estabelecer as actividades e de nos regularmos pelo ano civil», afirma Vera Vieira. A JARC é um movimento da Acção Católica dos jovens no meio rural. Actua, como associação de leigos, em colaboração directa com a hierarquia da Igreja, na evangelização dos jovens e na preparação de adolescentes para a futura militância, no organismo que se chama Acção Católica para os mais Novos (ACN). A nível nacional a JARC, incluindo a ACN, conta com cerca de 500 militantes até aos 25 anos. A grande actividade nacional do movimento, refere Sofia Martins, é a realização dos campos de formação e de férias, habitualmente, no período de férias e a “festa nacional”, que reúne todos os militantes, pelos meses de Abril ou Maio.

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