Crise: «Não podemos baixar os braços», diz Juventude Operária Católica

Motivos de «esperança» podem ser distinguidos «em cada pessoa de bem» que «intervém positivamente»

Lisboa, 04 jan 2013 (Ecclesia) – A Juventude Operária Católica (JOC) considera que os jovens cristãos devem resistir às dificuldades económicas com uma atitude construtiva, comprometendo-se, no aumento das condições de vida das pessoas mais desfavorecidas.

“Como jovens cristãos, sentimos que por mais difíceis que sejam os problemas, não podemos baixar os braços”, frisa um texto publicado na edição desta quinta-feira do Semanário ECCLESIA.

Os motivos de “esperança” podem ser distinguidos “em cada cristão, em cada pessoa de bem que está atenta à realidade, que percebe a importância do seu papel e da sua ação e que intervém positivamente, procurando a transformação do seu meio, através da partilha, da amizade, da solidariedade”.

“Podemos não ter a capacidade de mudar o país, mas somos, certamente, capazes de ajudar a melhorar a vida de um vizinho, de um amigo ou até mesmo de um desconhecido que nos bate à porta”, sublinha o artigo, assinado pela JOC, intitulado “Perspetivas dos jovens para 2013”.

O texto inclui o testemunho de Ângela Ferreira, de 23 anos, pertencente à Juventude Operária Católica, que em 2012 concluiu a sua licenciatura e não encontrou emprego fixo dentro e fora da sua área de especialização: “Tem sido um saltitar de trabalho em trabalho, ou melhor, de em ‘à experiência’ para em ‘à experiência’”.

“Toda esta incerteza dificultar-me-ia o vislumbrar de um 2013 com mais dignidade. Contudo, eu só consigo acreditar num futuro promissor para mim e para os que me rodeiam, pois apesar de todas as adversidades económicas e familiares, sempre consegui até hoje levar a cabo todos os projetos aos quais me entreguei”, assinala.

Apesar de prever que “em 2013, muito possivelmente, o país não irá melhorar economicamente e, infelizmente, mais amigos terão de o abandonar”, Ângela Ferreira salienta que “Portugal está sedento de mentes positivas, dinâmicas e cheias de esperança”.

O texto recorda que a taxa de desemprego jovem chegou aos 39% em 2012, ano em que “muitos jovens sentiram a emigração como única solução”, enquanto outros “tiveram de abdicar ou adiar a sua emancipação”.

“Na educação, a reforma do ensino veio pôr ainda mais em causa a qualidade deste, bem como a equidade, tornando mais restrito o acesso aos apoios sociais”, e a disciplina de ‘Formação Cívica’, que “poderia constituir uma fonte de esperança no que respeita à educação e à formação dos português no âmbito da cidadania” passou a não ser obrigatória, realça a JOC.

RJM

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