Dia dos Avós: Ter tempo com os netos é experimentar «a sobremesa da vida»

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Um vez por semana, reunidos num Clube dos Avós, as duas gerações partilham sorrisos, abraços e sabedoria

 

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Alice Duarte Pedro foi professora no Colégio Marista de Carcavelos, em Lisboa, durante mais de quatro décadas e quando se reformou “não queria acreditar”.

“Eu e as crianças somos inseparáveis, gosto da vida que nos transmitem e tentamos passar alguns valores…Há muitos avós que trabalham, os pais estão muito ocupados e os avós têm um papel fundamental; ter este clube dos avós é um complemento à educação”, explica à Ecclesia a avó de 72 anos.

Ter sete filhos e catorze netos não impediu a avó Alice de fundar, em 2001, o Clube dos Avós, um espaço onde os avós, que têm netos ou já tiveram naquele colégio, se possam encontrar, conviver e partilhar os seus saberes.

“Há muitos avós a vir buscar e levar meninos e seria bom ter avós a tomar um chazinho, conversar e irem em visitas culturais, ter passeios… Depois veio o contacto direto com os alunos da primária”, recorda.

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Lembro-me muito bem de ser avó pela primeira vez: foi uma alegria, e até chorei. É um louvor a Deus, que dei e continuo a dar.”

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O Clube dos Avós teve um interregno mas atualmente conta com cerca de 20 avós que se disponibilizam para estar com as “crianças na hora do recreio ou depois das aulas”.

As atividades vão desde a horta pedagógica, ao cantinho das histórias, do xadrez ou dos sabores, não esquecendo o francês e a pintura.

Esta avó fundadora acredita no potencial deste clube e fala da realidade de ser avó e da importância que a figura tem na vida e no crescimento das crianças.

“Os avós acham que não têm tempo, eu cá acho que não custa nada tirar uma hora para estar com outras crianças e ser útil à sua aprendizagem”, defende.

Quando a pergunta é sobre os seus netos os olhos arregalam-se e diz: “os netos trazem outro sabor à vida” e abre um grande sorriso.

“Agora tenho tempo e sabor, com os filhos eu trabalhava muitas horas por dia e com os netos tenho mais tempo, eles são a “sobremesa da vida”, como alguém disse”.

Alice Pedro realça esta vocação de ser avó “que nunca se cansa” e conta que “brinca e passeia muito com os seus netos”.

“Vamos à praia, brincamos no jardim, cozinhamos e todos querem fazer as refeições e ajudam a tomar conta dos mais pequenos”, conclui.

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Uma transmissão de valores

O septuagenário casal Serra também dá o seu tempo para participar no Clube dos Avós, uma atividade que surgiu naturalmente com a reforma.

“Como casal temos uma atividade principal que é a promoção de eventos culturais, como conferências, viagens a monumentos, museus e cidades com história, tudo para os avós”, explica António Serra de 78 anos.

Mas a atividade que “enche a alma” deste engenheiro aposentado é a quinta pedagógica e biológica que faz com os alunos e lhe dá um imenso prazer.

“Eles aprendem a cultivar e amanhar a terra, a plantar e colher o fruto e depois levam para casa muitas coisas: alfaces, couves, tomates, cebolas”, diz entre risos.

Já para Maria José a horta era tida como “um cansaço para o marido, já sem saúde para isso” mas, depois de ver “os sorrisos das crianças ao levarem os legumes para casa”, entendeu que era mesmo uma “missão diferente”.

“Assim as crianças dos meios citadinos aprendem que os legumes não nascem nas prateleiras do hipermercado”, diz, recordando depois episódios de antigamente.

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Para esta professora aposentada a atividade em que participa traz-lhe uma dinâmica diferente, integra a equipa do “cantinho dos sabores”, onde as crianças “cheias de curiosidade” são convidadas a dar largas à imaginação na área da culinária.

“Querem mexer na massa, para perceber como se faz e depois ficam contentes porque no fim levam sempre o que fizeram. Há ainda um momento importante, os alunos aprender a ler uma receita, não é só ler, têm de saber interpretar, com a necessária atenção”, explica.

Estes avós têm três netos, com idades entre os 13 e os 15 anos, sentem que ser avô e avó é uma “transmissão de valores” e uma “corrente de gerações”.

“Nós somos avós neste século XXI, lembro-me dos meus avós, no século XX e tiveram uma importância grande na minha vida; atualmente somos nós, chegou a nossa vez de ser avós e futuramente bisavós, é uma corrente de gerações”, explica Maria José.

“Para mim ser avô é uma transmissão de valores que nos foram dados pelos nossos pais e avós, e é aquilo que tentamos deixar para os nosso netos”, confirma António Serra, com os olhos humedecidos.

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Considerado o “motorista de serviço aos netos” António, entre risos, conta ao microfone da Ecclesia que agora tem outro tempo.

“Não acompanhei tanto os meus filhos,como acompanho os netos, não havia tempo”, lamenta.

Por seu lado a avó Maria José gosta de ter momentos mais culturais com os netos e incentivar os talentos de cada um.

“Eles gostam de música, tocam piano e flauta, e é um prazer ouvi-los tocar… Digo-lhes sempre: toquem lá um bocadinho para a avó ouvir”, conta embevecida.

Um casal bem disposto que “nasceu para ser avós” e sente que essa missão é estabelecer uma “ligação entre o passado e o futuro”; tentando deixar alguma coisa seu e que foi dos seus antepassados, resumindo “é uma felicidade”, dizem a sorrir.

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“Os avós fazem aquelas ‘macacadas de avós’, por exemplo tenho um neto desportista, com 15 anos, e é ele que me ensina a jogar à bola!”

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“Reformei-me e fiquei oca, sem crianças”

Quem conhece a avó Maria Morais, como as crianças que frequentam o Clube dos Avós, reconhece-lhe um talento especial que até empresta o nome ao “Cantinho da avó Maria”.

“Adoro histórias, ouvir e contar histórias, comecei com histórias simples mas eles não prestavam atenção… Resolvi mudar a tática e agora conto histórias mais difíceis mas que depois até vão ter no programa de leitura, como a Menina do Mar ou a Fada Oriana”, conta a avó Maria à conversa com a Ecclesia.

Agora ficam como “moscas à volta da luz” cada vez que esta avó pega num livro para contar uma história aos alunos que participam desta hora no Clube dos Avós.

Quem pensa que contar uma história é “algo corriqueiro” engana-se pois é todo “um acto de aprendizagem, fazem imensas perguntas e vão aumentando o vocabulário”, depois fazem um desenho e no fim do ano encaderna-se e levam para casa.

“À maior parte das crianças ninguém lhes lê uma história, os pais não têm tempo… e é ver aquelas caras e olhos fixos em nós, hipnotizados”, refere a avó de seis netos.

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“Eu nunca tive abraços dos meus filhos como tenho dos meus netos, é mais doce…” 

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Toda a vida Maria Morais trabalhou com crianças, “quando se reformou sentiu-se oca, sem crianças” e nas idas ao colégio dos Maristas buscar os netos descobriu esta iniciativa.

“Vinha mais cedo buscar os netos para conversar com as crianças, fui-me ‘infiltrando’ e soube do clube e cá estou muito feliz; hoje estas crianças não são netos emprestados, são um bocadinho meus, também”, confessa.

Avó de seis netos, Maria Morais recorda bem a chegada do primeiro neto, “de uma filha que é diferente, porque as noras têm as mães delas”.

“Foi o meu menino, fiquei viúva naquela altura e ele tornou-se o meu grande companheiro de todas as horas, ia comigo para todo o lado e ainda hoje temos uma boa relação”, assume.

Esta avó partilha da opinião que não houve muito tempo para os filhos e agora há todo o tempo do mundo para os netos, está “livre e relaxada” e vai para ali “feliz e contente”, como como quando está com os seus netos.

Uma vez por semana conta a história mas, para casa leva muito mais do que trouxe ao Colégio marista.

“Levo para casa uma felicidade porque não há nada que pague aqueles braços à volta do nosso pescoço… Vivo sozinha e não tem preço este carinho, as crianças são incondicionais”, diz sorridente.

O dia dedicado aos Avós é o tema dos programas Ecclesia na Antena 1, da rádio pública, nesta semana, de segunda a sexta-feira, pelas 22h45, ficando depois disponível em www.ecclesia.pt.

SN

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