Direitos Humanos: Monumentos «pintados» de vermelho lembram os cristãos perseguidos

«Combater a indiferença» foi objetivo da iniciativa, que decorreu em Alepo, Almada, Braga, Mossul e Roma, num dia em que o Papa recebeu família de Asia Bibi e Rebecca Bitrus

Almada, 24 fev 2018 (Ecclesia) – Os monumentos do Cristo-Rei, em Almada, Setúbal, e a Basílica dos Congregados, em Braga, iluminaram-se hoje de vermelho numa iniciativa da Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) para lembrar os cristãos perseguidos.

Para a diretora do secretariado português da Fundação AIS, o objetivo desta iniciativa é “combater a indiferença”, porque a crescente informação sobre conflitos armados em muitas partes do mundo faz com que “passem ao lado” as motivações religiosas de muitas delas.

“Queremos que as pessoas que vão passando se interroguem porque razão estes monumentos estão iluminados”, afirmou Catarina Martins Bettencourt à Agência ECCLESIA.

“75% das perseguições no mundo são contra os cristãos e precisamos de chamar a atenção”, acrescentou a responsável.

O Cristo-Rei, em Almada, e a Basílica dos Congregados, em Braga, foram os dois monumentos que promoveram a jornada de oração e de sensibilização pelos cristãos perseguidos, que aconteceu em Itália, Síria e Iraque, concretamente no Coliseu de Roma, na catedral maronita de Santo Elias, em Alepo, na Síria, e na igreja de São Paulo, em Mossul, no Iraque.

Estes países estiveram ligados, simbolicamente, através de monumentos “‘pintados’ da cor do sangue, para se lembrar ao mundo a questão da liberdade religiosa e, muito concretamente, a perseguição aos cristãos”, realça um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

Às 16 horas deste sábado teve início o «Terço pelos Cristãos Perseguidos», iniciativa que decorreu na Basílica dos Congregados, no Santuário de Cristo-Rei, bem como em paróquias e movimentos que quiseram aderir a esta iniciativa.

“Com a iluminação a vermelho da Basílica d’OsCongregados pretendo chamar a atenção da opinião pública para a violação dos princípios básicos da liberdade religiosa e suas vítimas. O rio de sangue que nos chega do oriente não nos pode deixar indiferentes” – D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga

A iluminação começou a notar-se a partir das 18h00.

Ao final da tarde, em Roma, juntaram-se no Coliseu diversas personalidades tais como o cardeal Mauro Piacenza, presidente internacional da AIS, do secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana, D. Nunzio Galantino, e do presidente do Parlamento Europeu, Antonio Tajani.

De acordo com a Sala de imprensa do Vaticano, o Papa Francisco recebeu hoje, em audiência o marido e uma das filhas de Asia Bibi, paquistanesa presa por alegada blasfémia, e Rebecca Bitrus, vítima do Boko Haram na Nigéria.

““O testemunho de Rebeca e de Asia Bibi representa um modelo para uma sociedade que hoje tem cada vez mais medo da dor. São duas mártires”, afirmou Francisco.

Asia Bibi foi condenado à morte e está na prisão desde 2009, por ter alegadamente insultado o profesta Maomé, à luz da “lei da blasfémia”, implementada no Paquistão.

Rebecca Bitrus, por sua vez, este sequestrada durante dois anos pelos islamitas do Boko Haram, na Nigéria; durante esse período, foi escravizada e violada, tendo engravidado de um dos seus captores.

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OC/LS/PR

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