Estudantes pouco atentos

Texto de Conclusões do Encontro Nacional do Sector do Ensino Superior do MCE- sobre Escolhes? – (Escolhas e implicações) O Espaço Humano deriva das experiências vividas por cada um, tornando-se assim bastante pessoal. Apesar disto, este é como uma peça de puzzle, que se interliga com outros Espaços, modificando-os e deixando-se modificar. Assim e atentos às interpelações que sofremos nos nossos Espaços, sentimos que é necessário que nós, estudantes do Ensino Superior, desempenhemos um papel activo, feito de opções conscientes nas escolha do nosso dia-a-dia. Vemos também que a massa estudantil está pouco atenta ao seu meio académico, tal como às medidas governamentais que afectam o Ensino Superior. Ao longo dos anos, estes estudantes têm vindo a ter menos credibilidade social, e assim, esta deve ser cimentada sob o priorado da razão para que o mundo extra-universidade volte a ver-nos como universitários conscientes, dotados de saber e activos no meio. Por conseguinte, questionamo-nos sobre a forma como estamos no Ensino Superior: a pertinência de tirar um curso muitas vezes é sentida com uma “moda social” e não como uma escolha ponderada. A adaptação ao Processo de Bolonha, leva cada vez mais os estudantes a que sintam que despendem poucos anos nos seus cursos e daí advém o sentido de pouca pertença às instituições. Além disso, devido a este novo ritmo, têm pouco tempo livre para actividades extra curriculares, ou mesmo para as relações pessoais. Estas, que nos implicam uma entrega incondicional, e que não absorvem a individualidade de ninguém, são um projecto que se vai construindo de acordo com as necessidades sentidas pelos intervenientes das mesmas. Relativamente à relação com Deus, sentimos que a liberdade de escolha é o grande dom que Ele nos deu, e, assim, poderemos afirmar convictamente que acreditamos em Deus e somos Católicos porque somos livres, mesmo questionando ou buscando novas interrogações que aparecem como desafios da nossa luta de fé. Uma Fé que é confiar numa não certeza, num processo de luta e construção de uma caminhada para um “sentido” final, é também o crescimento numa prática de convivência de proximidade com Deus e com Cristo. Assim, este carácter de proximidade com Deus e com Cristo também se aplica às relações com Outros, fundamento humanístico do Cristianismo e que é a preocupação central do Cristão: Amor ao Próximo. Enquanto jovens Cristãos, crentes neste fundamento, o nosso maior receio prende-se com a imagem transmitida pela própria Igreja, por vezes, em relação à juventude, e a forma como isto não se coaduna com a filosofia Cristã, de proximidade e atenção. Desta forma, o Cristão assume a plenitude da sua dimensão na prática de obras e não só de palavras, tornando a sua vivência de fé coerente, tal como o exemplo flagrante que Jesus Cristo nos deu durante a sua vida. Notícias relacionadas • MCE quer universitários mais activos

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