Igreja: Papa volta a uma prisão para presidir a rito de «lava-pés» de Quinta-feira Santa

Um budista e dois muçulmanos estão entre os 12 reclusos escolhidos

Cidade do Vaticano, 29 mar 2018 (Ecclesia) – O Papa Francisco vai presidir à Missa vespertina de Quinta-feira Santa, com o rito de “lava-pés” na prisão ‘Regina Coeli’ de Roma, numa celebração com início marcado para as 16h00 (menos uma em Lisboa) de hoje.

A visita do Papa prevê um encontro com reclusos doentes, na enfermaria; a Missa com o rito do lava-pés a 12 detidos, incluindo um budista e dois muçulmanos; e um encontro com alguns presos condenados por delitos mais graves, num espaço reservado.

Trata-se da quarta vez que Francisco dedica a celebração da tarde de Quinta-feira Santa aos presos: em 2017, visitou a Casa de Reclusão de Paliano, Província de Frosinone e Diocese de Palestrina, a sul de Roma.

Em 2015, o destino foi o complexo prisional de Redibia, em Roma, onde lavou os pés a 12 pessoas – seis homens e seis mulheres – e também a uma criança que estava no colo da mãe.

Dois anos antes, em 2013, o Papa foi ao Instituto Penal para Menores (IPM) de Casal del Marmo, nos subúrbios da capital italiana, onde lavou os pés a 12 jovens de várias nacionalidades e religiões, incluindo duas raparigas.

Em 2016, o pontífice argentino lavou os pés a refugiados no centro de acolhimento de requerentes de asilo de Castelnuovo di Porto, a cerca de 30 quilómetros a norte do Vaticano, que recebe sobretudo jovens refugiados.

Já em 2014, a cerimónia de Quinta-feira Santa foi no Centro ‘Santa Maria della Provvidenza’, da Fundação Don Carlo Gnocchi, destinado à reabilitação de pessoas com deficiência e idosos, na periferia de Roma.

A Igreja Católica começa a celebrar o Tríduo Pascal com a Missa da Ceia do Senhor, na qual se repete o gesto do ‘lava-pés’, desde 2016 com mudanças introduzidas pelo Papa que permitem a participação de mulheres.

Francisco decidiu modificar a rubrica do Missal Romano relativa ao lava-pés de Quinta-feira Santa, estabelecendo que a participação no rito não seja limitada só aos homens e rapazes.

OC

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