Portugal: Associação Bíblica convida docente do Instituto Pontifício Bíblico de Roma para jornada de estudos

Organismo católico pretende publicar nova tradução dos «Evangelhos e Salmos» em 2018

Lisboa, 30 abr 2018 (Ecclesia) – A Associação Bíblica Portuguesa (ABP), que está a preparar uma nova tradução da Bíblia, vai promover hoje uma Jornada de Estudos sobre ‘O Novo Testamento em novas perspetivas’, na Universidade Católica Portuguesa (UCP), em Lisboa.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a ABP informa que convidou o professor Santiago Guijarro Oporto, do Instituto Pontifício Bíblico de Roma, para duas comunicações, na sala de exposições do edifício da biblioteca da UCP/Lisboa.

Depois da abertura da jornada de estudos, às 10h00, o orador vai apresentar o tema ‘A investigação recente sobre os evangelhos: consensos e novas interrogações’, e a partir das 11h30 o sacerdote espanhol fala sobre ‘O contributo das ciências sociais para a exegese contemporânea’.

A Associação Bíblica Portuguesa assinala que as duas comunicações do padre Santiago Guijarro Oporto são de entrada livre.

Durante a tarde deste dia 30 de abril, os biblistas vão dedicar-se à análise das suas atividades, nomeadamente à nova tradução da Bíblia, para a Conferência Episcopal Portuguesa, à possibilidade da edição de comentários aos Evangelhos e à atividade editorial dos membros da associação.

A ABP prevê uma primeira edição, apenas, com Evangelhos e Salmos, para “ser experimentada liturgicamente em diferentes comunidades”, até ao final deste ano (2018).

O comunicado, enviado pelo presidente da ABP, o padre Mário de Sousa, explica que a nova tradução da Bíblia “realizada a partir dos textos nas línguas originais” – hebraico, aramaico e grego – é para uso na liturgia, na catequese e nos textos oficiais da Igreja.

Os trabalhos da equipa de dezenas de estudiosos estão a ser orientados por uma comissão presidida pelo bispo de Viana do Castelo, D. Anacleto Oliveira; O coordenador da subcomissão do Antigo Testamento é José Augusto Ramos, da Universidade de Lisboa, e o presidente da associação é o coordenador da subcomissão do Novo Testamento.

“A tradução tem a preocupação de ser o mais literal possível, mas também resultado do contributo de linguistas, liturgistas, músicos e, sobretudo, do povo de Deus”, contextualiza o padre Mário de Sousa.

A Associação Bíblica Portuguesa informa, neste contexto, que pretende promover a elaboração de comentários desenvolvidos “e independente a cada livro da Bíblia” com notas filológicas, exegéticas e teológicas, que é “algo inexistente no país”.

A associação é formada e dirigida por biblistas que estão em várias localidades e diferentes instituições nacionais, e tem sede na Faculdade de Teologia, da Universidade Católica Portuguesa.

Nos objetivos destaca-se, por exemplo, o estimular da investigação científica, o estudo e a divulgação da Bíblia e a sua estreita ligação à cultura, pretendem também promover e coordenar iniciativas bíblicas de caráter nacional, regional ou local, bem como patrocinar e apoiar publicações bíblicas e outras iniciativas de caráter científico e de pastoral bíblica.

A Associação Bíblica Portuguesa teve a primeira Assembleia Geral em fevereiro de 2012 e a Conferência Episcopal Portuguesa aprovou os seus estatutos em abril seguinte.

CB

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