Família: Crise económica e social dificulta fidelidade ao cristianismo, diz coordenador da Pastoral da Saúde

Membros dos Centros de Preparação para o Matrimónio realizaram peregrinação nacional a Fátima

Fátima, Santarém, 11 mar 2013 (Ecclesia) – Monsenhor Feytor Pinto, coordenador da Igreja Católica para a saúde, considera que “uma família em crise económico-social fica em grande em rutura” e experimenta “grande dificuldade em ser fiel aos valores do Evangelho”.

O sacerdote foi um dos intervenientes na 43.ª peregrinação nacional dos Centros de Preparação para o Matrimónio, que sábado e domingo refletiu no Santuário de Fátima sobre o tema ‘Concílio Vaticano II – referências para a Família’.

O Estado tem a responsabilidade de apoiar os agregados familiares, pelo que se impõe uma “política de família indiscutível”, frisou o responsável ao referir-se às posições tomadas no Concílio (1962-1965) em relação à família, instituição que vive hoje uma “grande crise”.

“Nestes 50 anos a família esboroou-se e desfigurou-se completamente”, sublinhou monsenhor Feytor Pinto, acrescentando que, atualmente, “metade dos casais que se comprometem numa relação de estabilidade entra em rutura com imensa facilidade”.

O coordenador da Comissão Nacional da Pastoral da Saúde observa que “nunca como hoje, perante os inúmeros modelos de família que a sociedade oferece, a Igreja tem de dar atenção à Pastoral Familiar, seguindo as linhas do Concílio”.

No entender do sacerdote os textos do Vaticano II sobre o assunto têm uma “oportunidade extraordinária”, meio século depois de terem sido redigidos, como sucede com o enunciado onde se aconselha aos bispos que “tenham em atenção a família” porque ela é “o berço, o fundamento e o esteio da sociedade”.

De acordo com o Concílio “a família tem as características da Igreja doméstica”, que são “a referência permanente a Jesus Cristo”, a “dignidade e liberdade” dos seres humanos, “o grande mandamento do amor” e a “procura da felicidade”.

Para Paulo Henriques, diretor nacional dos Centros de Preparação para o Matrimónio, o encontro anual constitui uma oportunidade para dar formação aos casais que ministram os cursos obrigatórios para os noivos que pretendem receber o sacramento: “Temos de estar atualizados”.

“Procuramos transmitir um pouco do nosso testemunho e da nossa experiência de vários anos de casados, partilhando as dificuldades que tivemos e como as superámos. Não tentamos ensinar nada”, afirmou ao explicar os conteúdos dos cursos, referindo que os casais “pensam, habitualmente, que sabem tudo”.

A formação, salientou Paulo Henriques, pretende também lembrar aos noivos que “por trás do casamento há o sacramento do Matrimónio”.

PTE/RJM

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