Fátima/Centenário: Santuário distribuiu 10 milhões de euros em ajuda social e apoio à Igreja

Ciclo de celebrações que decorreu entre 2010 e 2017, incluindo visita do Papa Francisco, implicou investimento de 2 milhões de euros

Fátima, 02 nov 2017 (Ecclesia) – O vice-reitor do Santuário de Fátima anunciou hoje que a instituição católica distribuiu mais de 10 milhões de euros em ajuda social e apoio à Igreja em Portugal, no ciclo de comemorações do Centenário das Aparições, entre 2010 e 2017.

O padre Vítor Coutinho sublinhou, em conferência de imprensa, que o financiamento nestas duas “áreas específicas” ascendeu a 5,2 milhões de euros em apoios de caráter social em Portugal e estrangeiro e a 4,8 milhões de euros em ajudas à Igreja Católica em Portugal.

Já o padre Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, falou numa preocupação “constante” e sublinhou que “o Santuário aumentou e tem aumentado os apoios sociais, sobretudo no contexto da crise em que o país entrou”.

O encontro com os jornalistas foi dedicado ao balanço do programa celebrativo do Centenário das Aparições que decorreu entre 2010 e 2017.

O Santuário de Fátima informou que os projetos e iniciativas do programa celebrativo tiveram um custo de 1 549 225 euros, a que se somaram despesas diretas com a visita papal de maio deste ano, num total de 560 425 euros.

O padre Vítor Coutinho observou que “muitos destes projetos estiveram sujeitos a negociações” com artistas e autores, com “alguma confidencialidade” nos contratos específicos.

O vice-reitor do Santuário disse que houve a preocupação de medir a proporcionalidade entre o “custo da iniciativa” e o alcance esperado, procurando ainda “criar património que permaneça como herança para as gerações futuras”.

A “rigorosa análise de custos” e respetivos benefícios visava, acrescentou, responder às “enormes expectativas” numa efeméride que gerava interesse em milhões de pessoas.

Como exemplo, o responsável disse que o Santuário investiu 128 mil euros num espetáculo que foi oferecido a mais de 9 mil pessoas e que a sessão de encerramento do Centenário teve um custo de 140 mil euros, tendo sido seguida em direto por 100 mil pessoas.

No caso da visita do Papa Francisco, houve custos com infra-estruturas que anteriormente foram assumidas pelo Estado, sobretudo “para servir os profissionais de Comunicação Social”, que fizeram desta a vigem pontifícia mais dispendiosa para o Santuário.

Neste balanço não estão incluídas as intervenções de obras no novo altar e na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

O padre Carlos Cabecinhas realçou que estas são obras que não estão “diretamente dependentes” do Centenário das Aparições e que a opção do Santuário tem sido “não divulgar os custos” dos investimentos, face à “indefinição” que permanece em volta de “questões tributárias” ligadas à Concordata.

O responsável apontou, para o futuro, a uma requalificação “mais profunda” do recinto de oração, para melhorar as condições de acolhimento dos peregrinos.

OC

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