Franciscanos: Presidente da República associa-se à celebração dos 800 anos da presença Franciscana em Portugal

Jornadas de Estudo e visitas temáticas marcam celebrações que passam por Setúbal, Lisboa, Mafra e Torres Vedras

Foto: Presidencia.pt (imagem de arquivo)

Lisboa, 27 abr 2018 (Ecclesia) – O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vai associar-se este sábado ao encerramento das celebrações dos 800 anos da presença franciscana em Portugal, numa cerimónia marcada para o Convento do Varatojo (Torres Vedras), a partir das 17h00.

O encontro inclui um momento de oração, sob a presidência de D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar de Lisboa, e uma atuação do grupo vocal Camerata Vocal de Torres Vedras.

O programa deste sábado inclui uma visita de estudo ao Convento e Palácio Nacional de Mafra, a partir das 10h00.

A família franciscana iniciou em 2017 um conjunto de iniciativas, que se concluem agora, após as Jornadas de Estudo ‘Oito séculos da presença franciscana em Portugal – Memória e Vivência’, promovidas pela Família Franciscana e o Centro de Estudos de História Religiosa (CEHR), da Universidade Católica Portuguesa (UCP), que decorrem desde quarta-feira.

Paulo Fontes, diretor do CEHR, refere à Agência ECCLESIA que a iniciativa oferece uma “reflexão crítica” que aborda também temas da atualidade como a encíclica Laudato Si’, do Papa Francisco, “que retoma um dos elementos centrais da reflexão do carisma e da espiritualidade franciscano”.

As iniciativas que encerram as comemorações dos 800 anos de presença Franciscana em Portugal começaram com um ‘Capítulo das Esteiras’, no dia 25 de abril, com visita ao Convento da Arrábida, em Setúbal.

Frei Manuel Pereira Gonçalves, Ordem dos Frades Menores, membro da Comissão Organizadora sublinha a diversidade que existe na família franciscana, no seguimento de São Francisco de Assis, figura que inspirou também o atual Papa e continua a “abrir perspetivas” vocacionais para as novas gerações.

Na UCP foi ainda inaugurada esta quinta-feira uma Exposição Bibliográfica Franciscana.

Frei Isidro Lamelas, responsável pela mostra, sublinha à Agência ECCLESIA a importância de preservar a “memória” da família religiosa, como acontece nas suas ‘Crónicas’ que funcionam como fonte do trabalho dos historiadores, e nas publicações mais próximas.

“Tivemos o cuidado de mostrar a pluralidade da família franciscana e a sua dimensão”, acrescentou, deixando votos de que estas iniciativas possam inspirar os investigadores a consultar as bibliotecas e arquivos dos Franciscanos.

A Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) divulgou em abril o documento “Oito séculos de presença franciscana em Portugal”, no qual se valoriza a “ação missionária, a obra cultural e a intervenção social” do carisma franciscano.

“Desejamos que esta celebração jubilar seja ocasião para uma tomada de consciência das sementes franciscanas que ao longo do tempo foram germinando e crescendo na alma portuguesa”, pode ler-se.

Os bispos católicos portugueses consideram que o jubileu dos 800 anos é um “oportuno momento de interpelação” para os franciscanos e para a sociedade.

CB/OC

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