Guarda: Bispo recorda que Nova Evangelização implica «leitura humana e sociológica» da realidade

D. Manuel Felício prevê encontro «muito positivo» com o Papa

Guarda, 05 set 2015 (Ecclesia) – O bispo da Guarda comentou a importância do relatório enviado à Santa Sé realizado no âmbito da vista ‘ad Limina’, como “oportunidade de repensar e rever a caminhada” da diocese.

“A nova evangelização não é um novo Evangelho, não é dizer coisas novas em termos de mensagem evangélica mas tirar do tesouro de sempre coisas com roupagem nova, com linguagem, método novo e entusiasmo novo”, explicou D. Manuel Felício à Agência ECCLESIA.

O prelado alertou que existem ambientes que “foram profundamente preenchidos pela mensagem evangélica” e hoje estão “a escapar, a ir para as periferias”, por isso, é preciso “vestir a linguagem” que as pessoas entendem para fazer chegar essa mensagem e “não para modificar o Evangelho”.

“Não podemos ir pregar às pessoas coisas que são importantes no Evangelho mas neste momento não são necessárias à vida delas. Temos de fazer sempre um esforço por fazer uma leitura humana, e mesmo sociológica da vida das pessoas, para fazermos chegar aqueles dados da mensagem da Boa nova que são os necessários”, desenvolveu o bispo da Guarda.

Para D. Manuel Felício, a ‘Banda Jota’ é um exemplo que traduz a mensagem evangélica em “linguagem musical, rock e ritmo”.

“Estão a conseguir transmitir a mensagem por linguagens que são o que os jovens hoje mais consomem”, observou ainda.

A Conferência Episcopal Portuguesa vai estar visita ‘ad Limina’ a Roma entre os dias 7 e 12 deste mês, incluindo encontros e reuniões com o Papa Francisco e os diversos dicastérios da Santa Sé.

“Espero que estes encontros sejam muito positivos para toda a Igreja em Portugal e para esta diocese em particular”, confidenciou o bispo da Guarda.

Antes da visita os bispos tiveram de responder a um relatório com 23 capítulos para o qual tiveram a ajuda dos responsáveis das diversas áreas de ação da diocese.

Para D. Manuel Felício, o trabalho materializou-se em mais de cem páginas e revelou-se “uma oportunidade importante” de conhecimento.

“Tem muitos elementos importantes para darmos a conhecer a nossa situação mas também para a própria diocese foi uma oportunidade de repensar e rever a sua caminhada”, acrescentou o prelado.

JCP/CB/OC

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