Hiroxima/Nagasáqui: Bispos japoneses condenam armas nucleares

Lisboa, 06 ago 2018 (Ecclesia) – Os bispos católicos do Japão assinalaram o 73.º aniversário dos ataques atómicos às cidades de Hiroxima e Nagasáqui, no final da II Guerra Mundial, com um apelo ao fim das armas nucleares.

“Os graves conflitos regionais, o terrorismo, a ameaça das armas nucleares, o problema dos refugiados, as várias formas de discriminação e as disparidades económicas continuam a ameaçar a paz das pessoas no mundo inteiro”, referiu o arcebispo de Nagasáqui e presidente da Conferência Episcopal Japonesa, . Joseph Mitsuaki Takami.

A reflexão acompanha iniciativa anual ‘Dez Dias pela Paz’ promovida para recordar as vítimas dos bombardeamentos atómicos sobre Hiroxima e Nagasáqui (ocorridos nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, respetivamente).

A Conferência Episcopal Japonesa volta a pedir a proibição das armas nucleares, recordando a imagem escolhida pelo Papa Francisco para denunciar “o fruto da guerra”: uma foto tirada pelo fotógrafo norte-americano Joseph Roger O’Donnell, após o ataque a Nagasáqui, que mostra um menino esperando a sua vez no crematório para o irmão morto, que transporta às suas costas.

“É forte a ideia de que as armas nucleares são necessárias para a dissuasão. Todavia, a posse de armas nucleares é, sobretudo, responsável pela corrida armamentista que leva inevitavelmente à dependência económica da indústria dos armamentos e da procura militar, e modela a política”, observa D. Joseph Mitsuaki Takami.

“Os problemas urgentes que o mundo enfrenta (ambiente, refugiados, disparidades de riqueza e pobreza) nasceram da teoria da dissuasão e das suas instituições económicas desequilibradas”, ressalta ainda o arcebispo de Nagasáqui.

OC

https://www.facebook.com/vaticannews.pt/videos/1744157619025611/

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