Igreja/Arte: Capela do Corpo Nacional de Escutas nomeada para Prémio Mies van der Rohe

Galardão é organizado pela Comissão Europeia

Lisboa, 11 dez 2018 (Ecclesia) – A Capela de Nossa Senhora de Fátima, do Corpo Nacional de Escutas (CNE, escutismo católico), foi nomeada para o Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2019.

O espaço, localizado no Centro Nacional De Atividades de Idanha a Nova, foi distinguido em 2018 com três prémios no concurso internacional ‘Architizer A+’: o prémio do júri e o prémio do público na categoria ‘Cultura – Edifícios Religiosos e Memoriais’, bem como o prémio do público na categoria ‘Arquitetura em Madeira’.

A Capela de Nossa Senhora de Fátima, em Idanha-a-Nova (Plano Humano Arquitetos), foi inaugurada em 2017, no 23.º acampamento nacional – ACANAC – com mais de 22 mil escuteiros, e é da autoria do atelier português ‘Plano Humano Arquitecto’.

“A inspiração para esta construção nasceu do âmago da experiência escutista: a vida ao ar livre, o acampamento, a tenda, a sobriedade e simplicidade das construções e estilo de vida. Também as extremas do edifício, de forma pontiaguda, fazem uma alusão ao lenço escutista, símbolo da promessa e compromisso neste movimento”, lê-se no sítio online do atelier.

A capela é constituída por uma estrutura de madeira e zinco que “confere um aspeto exterior simples e protetor”, um ambiente “confortável e acolhedor no interior”; tem um comprimento total de 12 metros e uma altura máxima de 9 metros; a estrutura de 12 vigas é uma alusão aos Apóstolos de Jesus Cristo.

“O altar, a fonte e o caminho de percurso da água, são elementos fixos do edifício, e são constituídos em pedra, material natural e nobre; A cátedra, o ambão, o suporte do círio, a base da imagem de Nossa Senhora de Fátima e os bancos da assembleia são móveis, feitos em madeira maciça”, explica o gabinete ‘Plano Humano Arquitecto’.

O prémio Mies van der Rohe 2019 tem 17 projetos portugueses de arquitetura selecionados, incluindo ainda Capela do Monte, em Barão de São João (Álvaro Siza Vieira), a Igreja de Saint-Jacques-de-la-Lande, em Rennes (Álvaro Siza Vieira), e a capela desenhada por Souto Moura para o pavilhão da Santa Sé na Bienal de Veneza 2018.

O prémio, no valor de 60 mil euros, foi instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, com sede em Barcelona.

OC

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