Secretário-geral da UGT considerou, na Semana Social, que um dos dramas atuais é que «ninguém tem confiança em nada»
Porto, 23 nov 2012 (Ecclesia) – O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), João Proença, considerou, hoje, no Porto, na Semana Social, que é fundamental a criação de “políticas ativas que favoreçam a empregabilidade”.
No painel «O desemprego estrutural e a preservação do trabalho humano», integrado no programa da Semana Social que decorre nesta cidade de hoje a domingo, o dirigente sindical afirmou que um dos dramas atuais é que “ninguém tem confiança em nada”.
Para o coordenador da Semana Social da Diocese do Porto, Joaquim Azevedo, o mundo “mudou mesmo e Portugal tem de mudar também”, mas “pelo nosso pé, com as nossas mãos, com os nossos ouvidos atentos e os nossos olhos abertos”.
No entanto – alerta Joaquim Azevedo que moderou o referido painel – é essencial reduzir “o volume do ruído constante” e perceber o papel que os cristãos querem dar “neste novo filme”.
«Estado Social e Sociedade Solidária» é o tema desta Semana Social que congrega mais de 300 participantes e onde Manuel Carvalho da Silva sublinhou que o “desemprego em grande escala destrói o Estado social”.
Em Portugal – segundo o antigo líder da CGTP – fala-se “nos direitos com muita ligeireza” e o desemprego é utilizado “como instrumento de redução dos salários e do abaixamento dos patamares de desenvolvimento”.
Também na tarde hoje, no painel sobre «Pobreza e desigualdade: novas respostas sociais», a presidente da Federação Europeia dos Bancos Alimentares, Isabel Jonet, afirmou que em Portugal são feitos “muitos estudos sobre a pobreza, mas continua tudo na mesma”.
As semanas sociais são promovidas de três em três anos pela Conferência Episcopal Portuguesa, com a coordenação de um grupo presidido por Guilherme d’ Oliveira Martins, e composto, entre outros por Alfredo Bruto da Costa, Eugénio Fonseca, padre José Manuel Pereira de Almeida e Joaquim Azevedo.
LFS