Igreja: Missão País é «resposta fundamental» à «falta de amor» – António Sottomayor

Coordenador nacional de iniciativa de universitários católicos destaca aumento de missões e voluntários

Lisboa, 20 fev 2018 (Ecclesia) – O coordenador nacional da ‘Missão País’ afirmou que a iniciativa de voluntariado universitário dá “amor” numa sociedade de “pessoas estão muito centradas em si”, destacando o aumento do número de missões e de participantes.

“A Missão País dá uma resposta fundamental nos dias de hoje, a grande dificuldade na sociedade é a falta de amor, as pessoas estão muito centradas em si”, referiu António Sottomayor à Agência ECCLESIA.

Em 2018, são 52 as missões que estão no terreno a partir do Porto, Coimbra, Lisboa e Évora, algo que para os organizadores é uma “enorme alegria”, porque mostra que o projeto continua a “expandir-se”.

As missões ficam três anos em cada localidade, com objetivos próprios que começam no “acolhimento” mútuo, entre as comunidades e os estudantes universitários.

No segundo ano já existe um conhecimento, há “uma vinculação”, e “uma transformação” porque as pessoas “aderem mais aos programas”.

O coordenador nacional da ‘Missão País’ explica que o terceiro e último ano é dedicado ao “envio” onde os missionários querem que a sua presença “deixe alguma semente” para que a comunidade “também possa aproximar-se mais de Deus”.

“Que as pessoas comecem a fazer um caminho sozinho, tentamos apostar muito nos jovens porque são o futuro. Nascem de algumas missões campos de férias, no fundo há uma continuidade”, desenvolve.

As missões têm um âmbito pastoral e também social que depende muito do que a comunidade precisa, a atitude dos estudantes universitários é “estar ao serviço”.

No programa de cada semana consta a visita a lares, às escolas e, “agora, também” ajudam a “reabilitar casas” de pessoas que têm poucas condições.

“A atividade principal é o porta-a-porta que é visitar uma pessoa de casa em casa, perguntar se precisa de ajuda, dar a conhecer o nosso programa. No fundo fazer companhia”, realça.

Do ponto de vista pessoal, o entrevistado fala numa experiência “marcante”, que lhe permitiu ver que ser católico “não é só ir à Missa, à catequese, rezar o Terço”, mas é também “uma atitude do dia-a-dia”.

“Foi a maior transformação que a Missão País operou em mim, viver a minha fé no dia-a-dia. Ver em cada pessoa que conheço, que estou a ver, que está Jesus e reconhecer Deus”, contou António Sottomayor, lembrando que foi com a Universidade Católica – Porto que fez a missão em Vila Flor.

O bispo de Bragança-Miranda, D. José Cordeiro, afirmou que esta atividade é “uma graça imensa da beleza e da juventude da Igreja”, em declarações à Agência ECCLESIA, depois de ter estado com 50 universitários em missão na diocese transmontana.

Após a semana intensiva de voluntariado, que se realiza na pausa letiva entre o primeiro e o segundo semestre, os jovens universitários podem aderir, por exemplo, aos Núcleos de Estudantes Católicos – NEC.

A ‘Missão País’ começou em 2003, com 20 jovens missionários universitários pelo Movimento Apostólico de Schoenstatt e, em 2015, foram já 1800 os missionários organizados em 35 missões realizadas a nível nacional.

Desde 2003 já se realizaram 154 missões, indicam dados de 2017 da Comissão Episcopal Laicado e Família.

PR/CB/OC

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