Igreja: Presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização acompanhou abertura do Jubileu em Roma

D. Manuel Linda presidiu a Missa na igreja de Santo António dos Portugueses

Roma, 09 dez 2015 (Ecclesia) – O presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização refletiu sobre simbolismo da “Porta Santa”, no início do Jubileu da Misericórdia, e no dia que liturgia celebrou a solenidade da Imaculada Conceição, a “Porta do Céu”.

“A noção de ‘porta’ transcende a mera referência ao equipamento das casas e torna-se uma verdadeira metáfora. Se estiver aberta ou fechada, a porta permite ou impede a passagem”, disse D. Manuel Linda, na igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma.

Na homilia enviada à Agência ECCLESIA, acrescenta que a “porta” assinala o limite entre dois espaços – “o de fora e o de dentro, o de hoje e de amanhã, o profano e o sagrado” – e “põe em contacto”, ou seja, faz “’serventia’ e abolição dos limites”.

O prelado português participou na abertura da “Porta Santa” que deu início ao Jubileu da Misericórdia, na Basílica de São Pedro, esta terça-feira, em Roma.

O presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização explica que se a “porta santa” exprime, “visualmente”, a necessidade de se dar um passo para uma aproximação à “misericórdia de Deus” também se abre para “com a mesma obrigação” levar-se ao mundo “a certeza de que a ternura de Deus é a última palavra da história”.

Neste contexto, D. Manuel Linda observou que se isto “pode parecer abstrato” na Imaculada Conceição encontra-se a “exemplaridade concreta”.

“Ela é a ‘porta do céu’ para que o homem não se afunde no lodo da existência, mas experimente a mão de Deus que o sustem; é a abertura por onde os nossos rogos chegam ao Alto, evitando tornarmo-nos animais entre os animais”, desenvolveu sobre a padroeira e rainha de Portugal.

O bispo das Forças Armadas e de Segurança assinalou que esta porta “não range de violência, não ostenta ferragens que magoem, não apresenta fissuras de fealdade”.

“A sua integridade manifesta-se no conjunto de valores morais mais apreciados no mundo das relações humanas – agradabilidade, simpatia, beleza, delicadeza, suavidade, ternura”, opostos à “aspereza, dureza, má educação, malvadez, violência”.

“É esta a ‘profissão de fé’ deste Jubileu da Misericórdia: o nosso coração, acolhendo a ternura de Deus, torna-se mais sensível e ternurento para edificar a nova história”, incentivou o presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização.

Por isso, D. Manuel Linda alerta que o mundo “precisa” de colocar “urgentemente” aqui o seu olhar devido aos “conflitos sem fim” intrapessoais, familiares, “dos interesses contraditórios no mundo do trabalho e da organização política”.

CB/OC

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