Igreja/Sociedade: Comunidade Vida e Paz pede respostas para necessidades das pessoas sem-abrigo

Carta aberta assinala Dia Internacional da Erradicação da Pobreza

Lisboa, 17 out 2018 (Ecclesia) – A Comunidade Vida e Paz, instituição ligada ao Patriarcado de Lisboa, assinalou hoje o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza com uma carta aberta ao presidente da República e ao primeiro-ministro, alertando para as necessidades das pessoas sem-abrigo.

“Embora compreenda que o País enfrenta muitos e grande desafios, hoje, dia 17 de outubro, peço-lhes que não esqueçam que ainda há em Portugal cerca de 3 000 pessoas em situação de sem-abrigo”, escreve Henrique Joaquim, diretor-geral da Comunidade Vida e Paz.

O documento lamenta a ausência de “medidas concretas” no Orçamento de Estado, falando em “profunda preocupação”.

Henrique Joaquim sublinha que a situação de sem-abrigo é uma das “expressões mais extremas” da pobreza.

“Reconheço que nos últimos anos, designadamente nos últimos dois, foi retomado um esforço concreto para que em Portugal não haja pessoas a viver na rua”, acrescenta o responsável, evocando a aprovação, em julho de 2017, da estratégia nacional para este campo.

A Comunidade Vida e Paz apresenta cinco propostas de curto prazo para dar resposta a “desafios urgentes”, com “impacto financeiro mínimo”.

As sugestões passam por garantir a possibilidade de “morada postal” aos sem-abrigo e por concretizar “respostas de alojamento temporário”, através da política social e pública de habitação.

A organização convida a “rever critérios de atribuição de medidas de apoio e proteção social” tendo em conta a “mobilidade” das pessoas em situação de sem-abrigo, e a dinamizar “respostas no âmbito da saúde mental”.

A última proposta é a de “recuperar uma estratégia de mediação para o emprego apoiado” para grupos-alvo mais vulneráveis.

“Este é mais um desafio, mas claramente um desígnio nacional, que acredito podermos vencer, ou seja, seremos capazes de criar condições para que não haja em Portugal ninguém na rua por mais de 24h por falta de alternativas”, conclui Henrique Joaquim.

OC

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