Igreja/Sociedade: Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos alerta para «concentração de riqueza» que marginaliza os mais necessitados

Mensagem para 1.º de Maio pede «vida digna para a classe trabalhadora»

Lisboa, 01 mai 2018 (Ecclesia) – O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos (MMTC) alerta na sua mensagem para o  1.º de Maio contra a “concentração de riqueza” e pede que a classe trabalhadora tenha uma “vida digna”, com “terra, casa e trabalho”.

“Milhões de famílias de trabalhadores e trabalhadores, em diferentes continentes, vivem sob constantes ameaças por causa dos conflitos religiosos e políticos, forçados a abandonar as suas terras, dispersos, e a migrar para destinos incertos à procura de sobrevivência em terras nem sempre acolhedoras”, denuncia o movimento cristão.

Na mensagem de 2018 para o Dia do Trabalhador, o MMTC considera que no atual momento há uma “agenda hipócrita, moralista e fascista” que está a ser imposta, “articulada pela elite económica mundial” aliada a “elites nacionais” mais atrasadas.

“Controla corruptamente os grandes media e, associada aos poderes legislativo e judicial, atacam governos democraticamente eleitos, perseguem líderes políticos e promove retrocessos reais”, exemplificam.

Neste contexto mundial, o movimento diz “não a uma nova economia de exclusão, não a uma nova idolatria do dinheiro”, ao dinheiro que “governa em vez de servir” e “não à desigualdade social que gera violência”.

Na mensagem ‘Uma terra, um teto, um trabalho, vida digna para a classe trabalhadora’, o MMTC explica que, face à “calamidade” e “violência”, se une aos outros movimentos e organizações sociais em todo o mundo, a todas as Igrejas e credos e mesmo a quem não professa nenhuma religião.

“Não satisfeita com tanta concentração de riquezas, a elite burguesa do planeta ataca a classe trabalhadora retirando-lhes direitos adquiridos ao longo dos tempos e através de muitas lutas, sofrimentos e sangue derramado”, denuncia.

O “ataque” surge não só na alteração da constituição, mas também com a “precariedade do trabalho” e os despedimentos massivos que “aumentam em todo o mundo o exército de desempregados”.

O Movimento Mundial de Trabalhadores Cristãos considera que “outra prática da morte”, promovida pelo “sistema do mal”, é a “redução do tamanho do Estado, tornando-o mínimo e reduzindo investimentos em Assistência Social, Saúde e Educação”.

Na mensagem para o Dia do Trabalhar, o MMTC, do qual faz parte a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos – Portugal, realça que o Estado se torna um “instrumento de garantia de privilégios” de uma minoria que “não” se sacia” e ao longo do tempo “sempre se apropria” dos recursos naturais – “fontes de energia, terra, comida e água” – que são herança de Deus para toda a humanidade.

Para além da mensagem, o movimento cristão apresenta no seu sítio online também uma proposta de revisão de vida – para “ver, julgar e agir” – sobre o 1.º de Maio para as equipas de base.

A Igreja Católica celebra desde 1955 a festa litúrgica de São José Operário, como forma de associar-se à comemoração mundial do Dia do Trabalhador, uma decisão do Papa Pio XII.

CB/OC

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