Igreja: Terrorismo e fundamentalismos são males que «temos de continuar a combater»

Diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações aborda clima de tensão que ensombra a Europa e o mundo

Lisboa, 08 ago 2016 (Ecclesia) – A diretora da Obra Católica Portuguesa das Migrações (OCPM) diz que o terrorismo e a violência, como a alegadamente praticada em nome da fé, são males que têm de ser contrariados para bem do futuro da humanidade.

Em entrevista ao Programa ECCLESIA desta segunda-feira, na RTP2, Eugénia Quaresma aborda a Semana das Migrações que está a decorrer, dedicada ao tema dos “Migrantes e Refugiados”, e alerta para as consequências do atual clima de tensão que ensombra a Europa e o mundo.

“Estamos a viver momentos muito tristes, momentos que acendem, reacendem alguns fantasmas que nós tentamos combater no início, alguns mitos que andaram por aí a rondar as redes socias, e que temos de continuar a combater”, realça aquela responsável.

Sublinhando que a verdadeira religião “não mata”, antes “promove a vida, sempre e em qualquer circunstância”, Eugénia Quaresma destaca a importância de nestes tempos “saber distinguir o crente do fundamentalista religioso”.

É preciso “separar as águas” e perceber também que muitos “atos isolados são aproveitados pelos grupos criminosos” para atingirem os seus objetivos.

Para a diretora da OCPM, a Igreja Católica tem de assumir o seu papel de combater o terror com “o evangelho da Misericórdia” e a promoção do diálogo entre culturas e religiões.

Eugénia Fonseca acredita no entanto que todos estes acontecimentos que se têm sucedido, embora negativos, “vão agudizar a necessidade de conversão e forçar a uma mudança positiva, para melhor”.

Numa conversa que conta ainda com a participação de Joaquim Nunes, assistente pastoral na Alemanha, é também abordado o futuro da União Europeia, particularmente depois da saída do Reino Unido.

Para aquele responsável, um dos principais desafios é “o crescimento dos partidos extremistas, que voltam a falar de um nacionalismo que se pensava ultrapassado”.

“Há muitos países, a começar pela Inglaterra, onde estas forças identitárias, nacionalistas, demagogas, estão a aproveitar-se dos fracos da Europa”, apontou o emigrante português que vive na Alemanha há mais de 30 anos..

A 44.ª Semana Nacional das Migrações, que a Igreja Católica está a promover até dia 14 de agosto, inclui uma celebração nacional enquadrada na Peregrinação Internacional Aniversária de agosto a Fátima.

PR/JCP

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