Jesuítas: 25 anos junto dos pobres e refugiados

Serviço Jesuíta de Apoio a Refugiados associou-se ao I Dia Mundial dos Pobres

Lisboa, 18 nov 2017 (Ecclesia) – O Serviço Jesuíta de Apoio a Refugiados (JRS) assinalou 25 anos de presença em Portugal, no Centro Pedro Arrupe, em Lisboa, e a mesa juntou sabores confecionados pelos refugiados.

Naquela unidade de acolhimento a migrantes e refugiados colocaram-se em evidência as culturas e proveniência dos habitantes da casa.

Narian Assim, chegou em abril a Portugal e eve de abandonar o seu país e fugir da guerra, foi a responsável pela confecção dos pratos tipicamente sírios.

“Fui acolhida pelo Serviço Jesuíta de Apoio aos Refugiados, tenho três filhos e o meu marido está na Turquia neste momento. Espero que ele consiga a documentação necessária para o reagrupamento familiar e se possa juntar a nós.

Estou a gostar bastante deste país, principalmente dos portugueses que são de uma grande simpatia.”

O Centro Pedro Arrupe, em Lisboa nasceu de um sonho do padre Pedro Arrupe que se deixou tocar pela experiência no oriente com os refugiados.

“Está há 25 anos em Portugal e faz todo o sentido porque põe no coração da Companhia e, desde logo, também da missão da Igreja, um serviço aos mais pobres, aos mais necessitados, neste caso os refugiados ou migrantes em situação de vulnerabilidade.

Podemos dizer que o trabalho que o JRS faz, coloca-se no coração da missão da Igreja e por isso também da Companhia de Jesus”, explicou o padre José Frazão, Provincial da Companhia de Jesus .

O Centro, que envolve “muitos jesuítas e muitos colaboradores cristãos e não cristãos”, é também um local de encontro e partilha de experiências e culturas.

“Procuramos muito que as pessoas sejam integradas, possam escutar a sua própria língua; procura-se muito criar uma relação de proximidade humana.

Aqui no Centro Pedro Arrupe procura-se muito essa proximidade para promover as pessoas  e sobretudo, para que elas próprias, passado um tempo de grande vulnerabilidade humana possam encontrar também caminhos de autonomia”, referiu o sacerdote.

A comemoração associou-se ainda à instituição do I Dia Mundial dos Pobres e o diretor deste Centro, André Costa Jorge, sente que é um desafio atual estar “junto dos mais pobres e é o que ali procuram fazer.

“Queremos acompanhar, servir e defender os migrantes, particularmente os mais pobres e os mais vulneráveis”.

“Para nós sensibiliza-nos muito que a Igreja e o Papa estejam à cabeça e a liderar este movimento de sensibilização e consciencialização do mundo, dos decisores políticos e da sociedade em geral, para a questão da pobreza em particular a pobreza daqueles que mais sofrem, as crianças, as mulheres e a necessidade que há de ter ações concretas, de procurarmos todos juntos ser os mais responsáveis, estar abertos àqueles que nos procuram, e juntos podermos construir uma sociedade em que todos possam viver com dignidade”, afirmou André Costa Jorge.

 

HM/SN

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