Moçambique: Confissões Religiosas e sociedade civil debatem a paz e reconciliação nacional

Cidade da Beira, Moçambique, 31 jan 2018 (Ecclesia) – As confissões religiosas em Moçambique promoveram a primeira Conferência Nacional sobre a Paz e Reconciliação e juntaram-se ao debate políticos, académicos e membros da sociedade civil, no evento na cidade da Beira.

O padre Geraldo Lemos realçou o contributo da Igreja Católica na procura pela paz no país africano e contextualizou que a conferência é uma das formas de celebrar os 25 anos de Paz em Moçambique.

Já Osvaldo da Silva, da comissão organizadora, sublinhou que o evento pretende ser de reflexão sobre a memória do acordo geral de Paz em Moçambique, divulga o sítio online de notícias Vatican News.

O encontro de dois dias, que terminou hoje, para além de líderes religiosos juntou políticos, académicos e membros da sociedade civil dedicados a falar sobre a restauração da paz que passa pela reconciliação nacional.

O vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos considerou que a iniciativa vai ajudar os moçambicanos a verem o quão “importante é o restabelecimento da paz efetiva em Moçambique”.

Joaquim Veríssimo destacou que as confissões religiosas têm um papel importante em prol da restauração e preservação da paz.

O site de notícias do Vaticano divulga ainda que o professor catedrático Brazão Mazula afirmou que é preciso “retomar e consolidar” a confiança no espírito das conversações de Roma, à assinatura do Acordo Geral de Paz, a 4 de outubro de 1992.

O acordo de paz pôs fim a quase duas décadas de confrontos entre a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo) e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) e as negociações foram mediadas pela Comunidade de Santo Egídio.

Desde as eleições gerais de 2014, ganhas pela Frelimo – resultado que o principal partido da oposição, a Renamo, se recusa a aceitar -, que a paz se deteriora progressivamente em Moçambique, agravando-se a crise política, militar e económico-financeira

Em 2025, Moçambique vai assinalar 50 anos de independência e a Igreja Católica no país espera que a data marque uma nova era “capaz de corrigir os impactos negativos causados no país pelas políticas atuais”, segundo uma carta pastoral do episcopado publicada em 2017.

CB

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