Mulheres debatem contributo feminino para diálogo inter-religioso

Mulheres activas em diferentes cultos vão debater hoje o contributo feminino para o diálogo inter-religioso, destacando a sua especial capacidade para «aproximar as semelhanças, respeitando as diferenças». A iniciativa de organizar um colóquio sobre “O diálogo inter-religioso e as mulheres” partiu do movimento “Nós Somos Igreja”, um grupo de católicos leigos que tem defendido reformas na estrutura hierárquica da Igreja. Em declarações à agência Lusa, Piedade Pinto Correia, membro do movimento, sublinhou o carácter «muito actual» do ecumenismo e da necessidade de um bom convívio entre as várias crenças religiosas, «num mundo onde o radicalismo é cada vez mais evidente». Eva Michel, pastora da Igreja Evangélica Presbiteriana, que também vai intervir no colóquio, considera que as mulheres têm um papel importante na «criação de laços afectivos» entre as diferentes comunidades religiosas. «Fala-se muito em ecumenismo, mas ainda há uma vasta ignorância. O que se vê limita-se aos encontros a nível dos líderes espirituais, que acabam por falar mais dos dogmas e das regras da fé», lamentou. As mulheres não se encontram geralmente nestes altos cargos, mas isso «não as deve desanimar, porque assim podem falar mais da sua experiência religiosa pessoal». Será sobretudo sobre a sua experiência pes-soal de “direitos e deveres iguais” na comunidade Bahá’i (religião com raízes no islamismo) que Maria da Piedade Antunes irá falar hoje à tarde, no Centro Nacional de Cultura. No colóquio, com moderação a cargo de Manuela Silva (Fundação Betânia), está ainda prevista a intervenção de Alfreda Ferreira da Fonseca (Igreja Católica), e Faranaze (Comunidade Ismaelita-Muçulmana).

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