Número 100

D. Pio Alves, Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

Não sei por quê, a estes números é costume chamar-se números redondos. Redondos ou não o certo é que o Semanário Ecclesia, em suporte digital, perfaz esta semana esta interessante soma. Na sequência da apresentação anterior em suporte de papel e distribuição convencional, o Semanário não enveredou por esta modalidade por mimetismo tecnológico. Pretendeu e pretende chegar mais longe, muito mais longe, em geografia e em pessoas. Este passo propiciou também juntar ao texto o som e a imagem.

Este órgão de comunicação, do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais, é produzido por um pequeno número de profissionais, em acumulação com outras tarefas da Agência Ecclesia, complementado por graciosas colaborações ocasionais. É esta uma boa oportunidade para deixar aqui um obrigado, pessoal e institucional, a quantos, diariamente e semana-a-semana, tornam possível que se mostre a Igreja a acontecer e a ser pensada, em Portugal e no mundo.

Mas dizia que, desde o princípio, quisemos e queremos chegar mais longe e ser o espaço, a voz e a imagem de todos os recantos, principalmente da Igreja em Portugal. Não temos nem teremos recursos para estar com todas as pessoas que (quantas vezes!) são notícia por não serem notícia, para ir a todos os sítios. Mas todas as pessoas e todos os lugares têm as portas do Semanário e da Agência abertas para se fazerem ler, ver e ouvir.

As tecnologias disponíveis tornam viável e fácil o que há pouco tempo era simplesmente impensável. Assim se queira! Às vezes gastamos demasiadas energias a querer o que ainda não temos e a ignorar aquilo de que já dispomos.

O Semanário Ecclesia quer ser cada vez mais uma placa giratória onde as notícias refletidas chegam, são tratadas e se disponibilizam a todos os públicos e media que delas queiram dispor. O Semanário está aberto para receber e oferecer conteúdos de vida e inspiração cristã a pessoas singulares, gabinetes de informação das dioceses, boletins paroquiais, jornais diocesanos, redes sociais, comunicação social especializada ou generalista.

Anos a fio, nos fóruns de comunicação da Igreja, não podia faltar o lamento por um diário desaparecido ou a vaga promessa quase messiânica de um seu regresso. O Semanário Ecclesia não pretende ser a sua reincarnação, mas, discretamente, cumpre já, ainda que embrionariamente, parte desse projeto em linguagem técnica de hoje. Sem promessas, com realismo, está claro que, até ao número 100, foi o que a generosidade de muitos tornou possível. Na efeméride do 200 será muito mais, se todos quisermos. Até lá, temos de dar a conhecer – lendo e divulgando, até porque é gratuito – o caminho que está a ser trilhado.

+Pio Alves

Presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais

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