O Iraque não será um Estado islâmico, assegura Teresa Gouveia

Ministra portuguesa dos negócios estrangeiros afirma que as minorias serão respeitadas na nova Constituição iraquiana. Líderes critsãos não escondem preocupação pelo futuro A ministra dos negócios estrangeiros de Portugal, Teresa Gouveia, assegurou que o Iraque não será um estado islâmico como o Afeganistão ou o Irão. “Terá uma lei que contempla os princípios essenciais da democracia, das liberdades individuais, das liberdades das minorias, mas que contempla alguns dos valores do Islamismo”, disse, à Lusa, Teresa Gouveia, após uma reunião na capital iraquiana com o administrador norte-americano do território, Paul Bremer. No encontro, disse a ministra, Paul Bremer elogiou as linhas gerais da futura lei fundamental do Iraque, que serão apresentadas pelo Conselho do Governo Iraquiano até ao final do mês. Paul Bremer, que assegurará a administração do território até 30 de Junho, hegou a ameaçar esta semana com um veto à futura Constituição, caso o seu texto tivesse por base a lei islâmica, rejeitando princípios como o respeito pelos direitos das minorias, a liberdade de culto ou os direitos das mulheres. Os líderes cristãos presentes no Iraque têm manifestado o receio de que o país se torne incontrolável no futuro. “Não queremos que o Iraque se transforme numa nova Palestina, sem um Estado, Nação abandonada a si mesma e à mercê de grupos terroristas” chegaram a afirmar. Ainda que minoritários (menos de um milhão), os cristãos estão implantados na região desde o início do Cristianismo. Estas comunidades representam umas das mais antigas comunidades cristãs do Oriente, remontando ao século II. As suas raízes cristãs são testemunhadas por mosteiros e conventos nos séculos V e VI. Ver também • Guerra do Iraque

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