Óbito/Setúbal: D. Manuel Martins foi anunciador do «Evangelho da justiça, da paz e do amor» – Pax Christi

Lisboa, 25 set 2017 (Ecclesia) – A Pax Christi em Portugal recordou D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal falecido este domingo, como anunciador do “Evangelho da justiça, da paz e do amor”.

Num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a direção da organização católica realça que o bispo emérito foi um “testemunho de coragem, firmeza e serenidade empenhada, enraizada na certeza de que o projeto de Deus para o Homem passa pela construção da Paz com Justiça e Fraternidade”.

D. Manuel Martins, primeiro presidente da secção portuguesa da ‘Pax Christi’, acompanhou, com “entusiasmo e carinho, a criação e desenvolvimento”, deste organismo “tendo sido um grande impulsionador” do “trabalho e compromisso com a Paz”.

“Tinha sempre uma palavra de incentivo e atenção que não nos deixava desistir ou esmorecer, acompanhando e participando no trabalho desenvolvido, nomeadamente, na defesa dos Direitos Humanos, na luta pela paz em Timor Leste, nas ações de educação a favor da paz e da justiça, no desenvolvimento do diálogo ecuménico e inter-religioso”, lê-se no comunicado.

O bispo emérito nasceu a 20 de janeiro de 1927, em Leça do Balio, concelho de Matosinhos; foi ordenado sacerdote em 1951, após a formação nos seminários do Porto, seguindo-se a frequência do curso de Direito Canónico na Universidade Gregoriana, em Roma.

Foi pároco de Cedofeita, no Porto, entre 1960 e 1969, quando foi nomeado vigário-geral da diocese nortenha em 1969, antes ir para Setúbal.

Na Conferência Episcopal Portuguesa D. Manuel Martins foi presidente da Comissão Episcopal da Ação Social e Caritativa e da Comissão Episcopal das Migrações e Turismo, tendo sido também presidente da Secção Portuguesa da Pax Christi e da Fundação SPES.

A 23 de abril de 1998, o Papa João Paulo II aceitou o seu pedido de resignação ao cargo de bispo de Setúbal.

O bispo emérito foi agraciado com a grã-cruz da Ordem de Cristo, durante as comemorações do 10 de junho de 2007, em Setúbal, e com o galardão dos Direitos Humanos da Assembleia da República, a 10 de dezembro de 2008.

LFS/OC

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