ONU: António Guterres afirma que «o mundo precisa» dos franciscanos como «promotores da paz»

Secretário-geral das Nações Unidas enviou mensagem Conselho Plenário dos Franciscanos reunido no Quénia

Lisboa, 12 jun 2018 (Ecclesia) – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que a Humanidade “tem o direito de esperar e pedir” que os Frades Menores, na sua “presença e intervenção social”, sejam apóstolos da “fraternidade humana e da solidariedade ecológica”.

Na mensagem enviada hoje à Agência ECCLESIA, António Guterres incentiva os Franciscanos a dar “prioridade aos temas e iniciativas de paz e de reconciliação”.

“Tanto no ensino e na pregação como em ações e diligências de denúncia da injustiça e de promoção do diálogo étnico, cultural e religioso”, explica no documento enviado ao conselho plenário da Ordem Franciscana que começou hoje em Nairobi, no Quénia.

O secretário-geral da ONU alerta que nas atuais circunstâncias do mundo “imperarem mais os interesses do que os valores”, por isso, “o mundo precisa” da Ordem dos Frades Menores e os religiosos “podem e devem” assumir “expressa e prioritariamente como Irmãos da Paz e Bem”.

“Uma vez que, por vocação originária e reiterada prática histórica, os Franciscanos se identificam como promotores da paz e embaixadores da reconciliação entre autoridades, povos e crenças”, acrescenta.

António Guterres alerta para a globalização de “evitáveis injustiças e sofrimentos”, para uma sociedade onde se “fomentam e proliferam” situações de guerra e de conflito entre povos, culturas e até religiões.

Para o secretário-geral das Nações Unidas a Humanidade “tem o direito de esperar e pedir” que em todas as “formas de presença e intervenção social” os Frades Menores assumam-se “expressa e prioritariamente” apóstolos da “Fraternidade humana e da Solidariedade ecológica”.

O Conselho Plenário da Ordem do Frades Menores começou hoje, em Nairobi, capital do Quénia, com o tema ‘Quem tem ouvidos, deixe-os ouvir o que o Espírito está a dizer… os Frades Menores hoje”.

Até dia 28 deste mês, os religiosos vão refletir sobre “as realidades contemporâneas do mundo, da Igreja e da Ordem”.

“À medida que nos aproximamos do oitavo centenário do encontro de São Francisco com o sultão al-Malik al Kamil, em 1219, esse encontro é um convite a incorporar uma vida de diálogo, buscando formas concretas de ouvir, discernir e colocar em prática”, explicam os Franciscanos no seu sítio online.

CB

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