Ordinariato Castrense: D. Manuel Linda realça cinco anos de missão num contexto de «cavalheirismo» e «abertura à fé»

O ainda administrador apostólico das Forças Armadas e de Segurança vai passar o testemunho a D. Rui Valério 

Lisboa, 29 out 2018 (Ecclesia) – Depois de cinco anos como bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança, D. Manuel Linda prepara-se para passar o testemunho a D. Rui Valério, a quem já dedicou uma mensagem de “boas-vindas”.

Num texto publicado na página online do Ordinariato Castrense, D. Manuel Linda realça os “muitos motivos de alegria” que encontrou ao longo dos anos, no desempenho da sua missão, junto “dos militares e polícias de Portugal”.

Um tempo marcado, segundo aquele responsável, por um contexto de “cavalheirismo, simpatia, afabilidade, colaboração”.

E também por “uma grande abertura à fé”, com “as Tutelas” a fazerem “o que lhes compete”, a “favorecerem o direito à dimensão religiosa da vida e à sua prática, mediante o respeito pela Concordata e demais legislação reguladora, frisa D. Manuel Linda.

O ainda administrador apostólico do Ordinariato Castrense, que recentemente assumiu os destinos da Diocese do Porto, faz votos de que D. Rui Valério “trate bem” desta “porção do povo de Deus”, de homens e mulheres militares, dos civis que também trabalham neste meio, e de todos os capelães que aqui se encontram em missão.

“Sei que o Espírito de Deus estará consigo para lhe assegurar a fortaleza e a sabedoria e -porque não?- para lhe garantir a felicidade com que a mim mesmo me brindou”, completa D. Manuel Linda.

Para D. Rui Valério, que se encontrava ao serviço da Paróquia da Póvoa de Santo Adrião, este é um “regresso a casa”, já que entre 1992 e 1993 foi capelão militar no Hospital da Marinha, um trabalho que assumiu também na Escola Naval, de 2008 a 2011.

O novo bispo, de 53 anos, já explicitou a forma como pretende desempenhar esta missão, junto de todos quantos integram os vários ramos das Forças Armadas e de Segurança.

“De todos me farei próximo, de cada uma e de cada um espero ser um amigo e camarada e, pela índole própria que carateriza o ser bispo, ciente de que acima de tudo sou vosso servo”, salienta D. Rui Valério, que dedica ainda uma “saudação especial” a todos os capelães.

Para agradecer a “abnegada dedicação” destes sacerdotes “em manter acesa, nas suas Unidades, a chama do Evangelho de Cristo” e o “empenho” que colocam todos os dias no apoio aos “irmãos e irmãs que lhes estão confiados”.

A ordenação de D. Rui Valério está marcada para dia 25 de novembro no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

O próximo responsável pela Diocese das Forças Armadas e das Forças de Segurança tem a particularidade de estar integrado na congregação dos Padres Missionários Monfortinos, pela qual foi ordenado sacerdote em 1991.

Numa reação a esta nomeação, enviada à Agência ECCLESIA, o padre Carlos Manso Fernandes, atual Superior da Delegação dos Missionários Monfortinos em Portugal, destaca a forma como o novo bispo tem sabido “enfrentar sempre com serenidade os desafios que a vida lhe vai colocando”.

“Dotado de uma grande capacidade intelectual e teológica, D. Rui Valério tem sabido levar o Evangelho a todos os sectores da sociedade que com ele se cruzam. Com o seu estilo simples e humilde procura sempre estar próximo dos mais frágeis da sociedade. Isto é bem visível ao longo do seu ministério sacerdotal”, aponta o Superior dos Monfortinos portugueses.

“A eleição episcopal de D. Rui Valério”, acrescenta o padre Carlos Manso Fernandes, “deixa um grande vazio na congregação, mas temos a certeza que a Igreja em Portugal e, sobretudo as Forças Armadas, vão ficar enriquecidas pela sua acção pastoral e de diálogo com a cultura actual”.

JCP

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