Páscoa: Testemunhar a Ressurreição na Síria

Rodolfo Nona esteve em Alepo e em Damasco onde encontrou um povo resiliente na fé e cheio de esperança

Lisboa, 31 mar 2018 (Ecclesia) – Rodolfo Nona, um jovem de 25 anos, esteve na Síria, em Damasco e em Alepo, onde testemunhou a força e esperança da população, apesar dos conflitos que duram há sete anos naquele país.

Apesar das imagens que chegam de “infelicidade, morte” este jovem consultor viu “pessoas na rua alegres, a fazerem as suas vidas”, regista à Agência ECCLESIA.

“Numa das zonas que visitei em Alepo estavam três edifícios de diferentes religiões na mesma rua e um dos edifícios foi destruído por uma bomba, ficando sem teto e apenas com as paredes”, recorda.

Apesar do duro golpe a população juntou-se e conseguiu celebrar o Natal na igreja a “céu aberto “, explica, identificando o sinal de “ressurreição”, de resiliência de um povo crente e com esperança.

Num outro local que visitou, um centro dos jesuítas que ficou “destruído”, “com as paredes baleadas”, havia “um Cristo sem braços” e no meio da destruição podia-se ver “uma planta a nascer no meio” dos destroços.

“Aquilo representa-nos a nós. No meio da destruição, existe vida e esperança”, sublinha o consultor que em outubro e novembro de 2017 decidiu parar um tempo da sua vida profissional e ir conhecer a realidade que lhe chegava de amigos e conhecidos.

“Se as pessoas vivem lá, porque é que eu não posso estar ao seu lado? O facto de que querer ir e estar com elas era maior do que qualquer outra motivação”, recorda.

Meses depois desta experiência elege o facto de “ter lá estado”, “pisado as ruas bíblicas” e ter testemunhado as histórias de alegria e tristeza de um povo resiliente.

“Para mim foi a experiência de ter estado lá, pisado aquelas terras bíblicas, conhecer as suas histórias de tristeza e alegria. Permitiu-me ter uma perspetiva sobre a vida e sobre o mundo completamente diferente”.

“Aquelas pessoas pegam em cruzes tão grandes como posso eu não ser capaz de levar a minha cruz pequenina?”

Nas ruas de Alepo e Damasco, por onde andou, “há sempre qualquer coisa a ser reconstruída, um passeio a ser pavimentado” que “é muito mais importante que uma pedra colocada”, pois “representa a vida a acontecer e a Ressurreição”.

O testemunho de Rodolfo Nona pode ser escutado este domingo, às 6h na Antena 1 ou posteriormente no portal da Agência ECCLESIA.

LS

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