Congresso Internacional «Um poder entre poderes» decorre até domingo
Porto, 17 out 2014 (Ecclesia) – O bispo do Porto escreveu uma mensagem pelos 900 anos da restauração da diocese em que destaca a efeméride como momento que "ajuda a compreender o percurso histórico” de uma Igreja que deve ser “perita em humanidade”.
“Celebrar 900 anos de restauração da Diocese é um marco jubilar que nos faz conhecer o passado, nos ajuda a compreender o percurso histórico do tempo, ao longo destes nove séculos, e nos decide a fazer desta data um ‘ano abençoado de graça’”, explica D. António Francisco dos Santos, no texto intitulado 'A bênção de uma bela e longa história”.
A mensagem enviada à Agência ECCLESIA destaca que a evocação da restauração da Diocese do Porto deve ser “um momento determinante do caminho de Igreja” que querem percorrer “respondendo ao sonho de Deus, cumprindo o mandato apostólico e concretizando aqui, dia a dia, as intuições pastorais e os gestos proféticos do Papa Francisco”.
Para celebrar e assinalar nove séculos de história, a diocese vai realizar entre hoje e domingo um congresso internacional, com o tema “Um poder entre poderes. Nos 900 anos da restauração da Diocese do Porto e da construção do Cabido portucalense”.
“Vai ajudar-nos a aprofundar conhecimentos, a perceber rumos de ação e a ler a nossa história na distância do tempo”, acrescenta D. António Francisco dos Santos sobre o congresso organizado pelo Cabido da Sé Catedral, pelo Seminário Maior de Nossa Senhora da Conceição do Porto e pelo Centro de Estudos de História Religiosa no Porto (CEHR) – Gabinete D. Armindo Lopes Coelho.
No último dia do encontro, a diocese celebra uma Eucaristia, às 16h00, na Sé do Porto, para agradecer a Deus “a beleza da história, o testemunho da fé e a presença do serviço” desta Igreja diocesana e dos seus agentes no mundo.
O bispo diocesano assinala que, se por um lado, a sociedade vive tempos de “aumentadas dificuldades”, por outro, também existem “valiosíssimas iniciativas pastorais e grandes testemunhos de vida” com exemplos de fé, sinais de esperança e modelos de caridade.
Nesse sentido, D. António Francisco dos Santos revela que pretende que a Igreja do Porto seja “perita em humanidade, atenta aos mais pobres, aos que mais sofrem e aos que se sentem mais distantes ou mais esquecidos da Igreja”.
Na mensagem, o prelado recorda que a administração eclesiástica e a organização do território, que agora constitui a Diocese do Porto, começam nos séculos V e VI primeiro em Meinedo e depois em Portucale como sedes.
A consolidação na história e a organização na ação pastoral foram assumidas por D. Hugo, bispo do Porto entre 1114 a 1136
CB/OC