Portugal: Bancos Alimentares promovem campanha de recolha de alimentos

«Há muita carência alimentar», alertou o presidente da República incentivando à solidariedade

Foto LUSA

Lisboa, 01 dez 2018 (Ecclesia) – Os Bancos Alimentares Contra a Fome promovem uma campanha de recolha de alimentos em “mais de dois mil super e hipermercados”, hoje e este domingo, e o presidente da República incentivou à solidariedade esta sexta-feira.

“Há muita carência alimentar. Esta obra não tem preço, é uma obra de um valor nacional tal que estar aqui e estar aqui hoje é para chamar a atenção para que, amanhã e depois, cada um à sua maneira pode e deve contribuir”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, divulga a Presidência da República.

O presidente da República lembrou que as estatísticas revelam que “continua a haver praticamente 20% dos portugueses em pobreza e um milhão de idosos que têm rendimentos abaixo dos 250 euros”.

“É fundamental” fazer um apelo à solidariedade e à participação na campanha nacional de Natal da federação de Bancos Alimentares portugueses.

“Pensem que são 400 mil pessoas em Portugal que vão ser apoiadas, são apoiadas permanentemente em termos alimentares”, realçou Marcelo Rebelo de Sousa na visita realizada esta sexta-feira, na na véspera da campanha de recolha de alimentos.

“A saída da crise é uma saída lenta, desigual, difícil. As pessoas não podem pensar que, de repente, abrimos a janela num dia de sol radioso e já não estamos em crise, isso não existe”, disse também aos jornalistas, divulga a Rádio Renascença.

‘É preciso mais para que falte ainda menos’ é o lema da campanha que deste fim de semana, dias 1 e 2 de dezembro, mas que continua na internet até 9 de dezembro.

“Em Portugal há ainda hoje muitas pessoas que precisam de ajuda para ter uma refeição por dia. Pessoas que dependem da generosidade e da solidariedade dos outros e que, embora não tenham voz, agradecem silenciosamente a quem os ajuda a viver com mais dignidade”, salientou a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

Na informação partilhada online, Isabel Jonet alerta que há crianças que “só comem o que lhes é servido na instituição que frequentam, mas que, como todas as outras crianças, querem brincar e rir” e idosos que vivem isolados, “em casas muitas vezes degradadas”, e que aguardam a refeição que lhes chega em apoio domiciliário ou famílias que “lutam para conseguir pagar as despesas” e cortam nos jantar “alguns dias do mês”.

“É preciso mais para que falte ainda menos: Seja doando alimentos, seja disponibilizando tempo voluntário”, acrescenta.

Esta iniciativa solidária mobiliza “mais de 40 mil voluntários em mais de 2 mil super e hipermercados” que pedem a participação do público e outros ajudam no “transporte e arrumação dos alimentos nos armazéns dos 21 Bancos Alimentares em atividade”.

Em 2017, os Bancos Alimentares distribuíram 22.866 toneladas de alimentos (com o valor estimado de 32 milhões de euros), num movimento médio de 91 toneladas por dia útil, prestando assistência a 2.600 instituições que “os entregaram a perto de 400 mil pessoas com carências alimentares comprovadas”.

Para além de continuar online, a campanha de recolha de alimentos disponibiliza Vale de produtos até 9 de dezembro nas caixas dos supermercados.

CB

 

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