Portugal: Bispo das Forças Armadas de Segurança sublinha esforço de «salvaguarda da pessoa e sua dignidade»

Dia do Exército foi assinalado com uma Eucaristia em Guimarães

Guimarães, 23 out 2017 (Ecclesia) – O bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança deu este domingo “os parabéns ao Exército”, pelo contributo nas calamidades como os incêndios, e afirmou que “nunca poderá ser um instrumento do poder”.

“A sua função é servir a vida e o bem das pessoas, assegurando-lhes condições de defesa, de liberdade, de paz e até colaborando nas situações de extrema gravidade e perigo como, por exemplo, nas buscas, salvamentos, situações de catástrofes, incêndios, etc. Dentro e fora do país”, afirmou D. Manuel Linda na igreja de São Francisco, em Guimarães.

Na homilia que pronunciou na Missa do ‘Dia do Exército’, o responsável pelo Ordinariato Castrense disse que “é preciso que todos saibam” que há militares portugueses em várias partes do mundo, “em tarefas de alto risco”, que têm salvo “inúmeras vidas humanas”.

Nessas missões, os militares asseguram “condições de dignidade” e de segurança a milhões de pessoas, como na República Centro Africana, e “têm prestigiado o nome de Portugal”.

O bispo realçou que o Exército português “nunca” poderá ser um instrumento do poder ou da conservação do poder “pelos corruptos e pelos ditadores”.

“Sabe que nem existe para se servir a si mesmo nem para servir poderes”, observou, interrogando se “todos os Exércitos do mundo têm as mãos limpas”, como o de Portugal

D. Manuel Linda observou que as “tarefas da atuação do bem” do Exército são designadas por «missões de paz», ou simplesmente «missões», e “curiosamente” neste domingo a Igreja Católica celebrou o seu ‘Domingo das Missões’.

“Se interligo os dois âmbitos é apenas para acentuar este ponto em que nos podemos e devemos encontrar: vós e nós, Igreja, só temos razão de existir para o serviço”, destacou.

Na sua homilia o bispo das Forças Armadas e das Forças de Segurança deu também os parabéns ao Exército pelo seu “brilhante contributo” em alturas de “calamidade e hecatombe nacional” como têm sido os incêndios.

“Mesmo que a comunicação social o não tenha referido muito, sei que fizeram um esforço notável, tanto mais de realçar numa altura em que os vossos quadros escasseiam”, acrescentou na homilia publicada no sítio online do Ordinariato Castrense.

Devido ao luto nacional pelas vítimas dos incêndios, o Exército cancelou todas as celebrações agendadas, no contexto do seu Dia, com exceção da Missa.

O bispo do Ordinariato Castrense realçou que “Povo, Igreja e Exército” constituem um tripé onde assenta “o ideal da Pátria, onde repousa a ideia de portugalidade” e desejou que se mantenha tendo como “sublime objetivo” o bem comum.

CB/OC

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