Portugal: Fundação Fé e Cooperação aposta em projetos de Educação para o Desenvolvimento

Projetos «Terra dos Direitos» e «Juntos pela Mudança» começam dia 1 de setembro

Lisboa, 28 ago 2018 (Ecclesia) – A Fundação católica Fé e Cooperação (FEC) vai promover em Portugal um novo projeto na área da Educação para o Desenvolvimento, o ‘Terra dos Direitos’, e dar continuidade ao ‘Juntos pela Mudança’, a partir deste sábado, 1 de setembro.

“Acredito que conseguiremos uma mobilização de todas as comunidades educativas envolvidas e que a pertinência da temática, a voz que daremos às crianças, seja motivo de interesse ao nível das políticas e comunidades locais”, disse Catarina António da organização católica portuguesa.

Em declarações hoje à Agência ECCLESIA, a gestora de projeto considera o projeto ‘Terra dos Direitos’ “bastante promissor” e recorda que a FEC já desenvolveu um projeto nesta área, “com uma metodologia diferente”, do qual faz uma análise “bastante positiva de impacto”, como uma “avaliação muito positiva da relevância, eficiência e eficácia” em prol dos Direitos da Criança, em dimensões relacionadas com “a educação, saúde, proteção, cuidados e nutrição.”

Catarina António acrescenta que no já concluído projeto ‘Crianças com Direitos’ foi “notória a alteração de comportamentos e interesse” na temática por parte de toda a comunidade educativa envolvida.

A partir desde sábado, 1 de setembro, o ‘Terra dos Direitos’ quer contribuir para “uma maior consciencialização, reflexão crítica e ação na defesa e proteção dos direitos da criança”, ao longo dos próximos dois anos.

“Guiado pelo princípio da solidariedade internacional, o projeto pretende promover a justiça global, através de um processo de educação para os direitos humanos, fomentando uma trajetória de compromisso individual com a defesa e promoção dos direitos da criança”, informa a FEC.

Segundo a fundação vão promover uma “forte chamada de atenção” para a realidade atual de dois países, um em vias de desenvolvimento, que é a Guiné-Bissau, e outro considerado desenvolvido, Portugal, no projeto que cumpre o propósito assumido no Plano Estratégico 2017-2021.

‘Terra dos Direitos’ procura responder as várias medidas (2.2, 2.3, 2.6 e 4.1) da Estratégia Nacional de Educação para o Desenvolvimento e tem como parceiros os Municípios de Santa Maria da Feira e de Coruche, o Agrupamento de Escolas Quinta de Marrocos, o Instituto das Comunidades Educativas e o Centro de Investigação em Estudos da Criança da Universidade do Minho.

Segundo a fundação com as crianças de cada escola/município vão fazer o manifesto ‘Voz das Crianças pelos Direitos’, com, por exemplo, dados gerais das comunidades e formas concretas de mudança.

Já o projeto ‘Juntos pela Mudança II’ é apresentado como uma ação conjunta pela “sustentabilidade e resiliência nos estilos de vida e políticas nacionais e globais” que tem como enquadramento base a resiliência às Alterações Climáticas, e é promovido em parceira com a CIDSE – rede internacional de organizações católicas para o desenvolvimento – e a Associação Casa Velha – Ecologia e Espiritualidade.

Ao longo de dois anos, também a partir deste sábado, vão abordar de forma interligada a Agenda 2030, com foco nos ODS 12 (Assegurar padrões sustentáveis de consumo e produção) e 13 (adotar medidas urgentes para combater as alterações climáticas e os seus impactos).

Foto Guto/Amago

Segundo a Fundação Fé e Cooperação o ‘Juntos pela Mudança II’ quer contribuir para a concretização desta agenda, “através da mobilização integrada de cidadãos e decisores para estilos de vida mais sustentáveis e resilientes”.

Entre as principais atividades, desde a “conceção e implementação” de uma campanha de comunicação destaca-se também a criação de um notebook “com dicas práticas de promoção de estilos de vida sustentáveis”, exposição, workshops e debates, encontros de ativistas, um documentário, encontros de advocacy e um “evento de alto nível” de encerramento em Lisboa e Bruxelas.

A FEC é uma organização não-governamental de cooperação e desenvolvimento, fundada há 28 anos pela Conferência Episcopal Portuguesa, pela Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal (CIRP) e Federação Nacional dos Institutos Religiosos (FNIS).

CB

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