Portugal: Presidente da República vai condecorar cónego João Seabra

Marcelo Rebelo de Sousa saúda sacerdote com «inteligência excecional» e um «coração riquíssimo» 

Lisboa, 13 nov 2018 (Ecclesia) – O presidente da República Portuguesa disse esta segunda-feira que quer condecorar o cónego João Seabra, falando na apresentação do livro ‘Não sou dono da verdade, mas sou possuído por ela’, com 70 testemunhos sobre o sacerdote.

“Quero ter o prazer de ver uma invasão de católicos no Palácio de Belém”, adiantou o presidente na Paróquia de Santa Joana Princesa, em Lisboa, numa intervenção divulgada pela Rádio Renascença.

Amigos desde a infância, Marcelo Rebelo de Sousa disse que com o cónego João Seabra passou “em conjunto” por tudo o que Portugal viveu “desde 1960 até praticamente 1974, dia a dia”.

“Tem uma inteligência excecional, é rapidíssimo, brilhantíssimo, com um coração riquíssimo”, destacou ainda, na apresentação do livro que reúne 70 testemunhos sobre o cónego João Seabra, lançado pelos 40 anos da sua Missa Nova.

Em declarações à emissora católica, Rebelo de Sousa explicou que ia “testemunhar 58 anos de amizade fraternal” ao cónego de quem foi ainda colega no liceu e na Faculdade de Direito.

“Venho como presidente da República agradecer uma carreira muito marcante quer na universidade, onde foi capelão, quer em movimentos juvenis, quer o lançamento do Comunhão e Libertação, que foram contributos importantes do ponto de vista cultural, educativo, pedagógico, social e cívico para a sociedade portuguesa”, desenvolveu.

O antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes também esteve presente na sessão de homenagem e realçou que o cónego João Seabra “é um símbolo vivo para quem tem fé e, para quem não tem, ouvi-lo é ter a certeza que Deus existe”, divulga a Renascença.

Publicado pela editora Lucerna, o prefácio do livrofoi escrito pelo cardeal patriarca de Lisboa, D. Manuel Clemente, e o posfácio pelo cónego Armando Duarte; entre os 70 testemunhos estão nomes como os jornalistas Aura Miguel e José Milhazes, João Amaral, D. Duarte de Bragança, Jaime Nogueira Pinto ou Zita Seabra.

A frase que dá título à publicação – “Não sou dono da verdade, mas estou possuído por ela” – é da homilia da Missa Nova do padre João Seabra.

“A Igreja não existe para si própria, existe para que o homem e Cristo possam caminhar juntos. O caminho da Igreja é o coração do homem”, afirmou o padre João Seabra, esta segunda-feira, na Eucaristia a que presidiu antes da apresentação do novo livro.

João Seabra nasceu em Lisboa, em 1949; licenciou-se pela Faculdade de Direito de Lisboa e entrou para o Seminário dos Olivais em 1973, fez a licenciatura em Teologia na Universidade Católica Portuguesa e em Direito Canónico, na Universidade de Salamanca.

Ordenado sacerdote a 5 de novembro de 1978, pelo cardeal D. António Ribeiro, foi capelão da Universidade Católica, pároco em Santos-o-Velho e na igreja de Nossa Senhora da Encarnação, no Chiado.

CB/OC

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