Portugal: Trabalhadores Cristãos denunciam «exploração» e «precaridade laboral»

LOC/MTC preocupada com salários em atraso, serviços de proximidade encerrados e menos condições de saúde

Lisboa, 24 jan 2018 (Ecclesia) – A Liga Operária Católica/Movimento dos Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) denunciou que “grande parte” dos trabalhadores, especialmente jovens, “continua sem condições de vida digna” e está sujeita “a grande pressão” nos locais de trabalho.

“A exploração e a precariedade laboral é uma praga mundial que não podemos aceitar”, escreve a LOC/MTC, num comunicada enviado à Agência ECCLESIA.

Os trabalhadores cristãos portugueses felicitam medidas como o aumento do salário mínimo e “alguma reposição de salários e apoios sociais que tinham sido retirados”, mas alertam para a “grande pressão” dos trabalhadores “pelas condições que lhe são impostas”.

Falando em “terríveis situações” de salários em atraso como uma das maiores injustiças para os trabalhadores, o movimento considera que “não se podem tolerar de forma nenhuma” casos como os que envolvem 500 trabalhadores da Triumph, em Loures, ou os trabalhadores da Ricon, em Vila Nova de Famalicão.

“A estes e a todos os trabalhadores nestas situações, exprimimos a nossa solidariedade e o nosso apoio pelas suas dificuldades e pela sua luta”, assegura a equipa nacional.

O documento realça que “não deixa de ser preocupante” o aumento de acidentes de trabalho, especialmente na construção civil, que parece “indicar menos atenção à segurança e ao cuidado com a vida dos trabalhadores”.

A equipa nacional LOC/MTC aponta também como “injustiças sociais” a “eliminação” de serviços públicos de proximidade, como o fecho de estações dos correios, que “estão a acontecer por meros interesses económicos”.

“O critério de serviço público não pode ser só o dinheiro. Por isso é preciso lutar para que se mantenham públicos e ao serviço de toda a população”, assinala o comunicado.

Para a Liga Operária Católica/Movimento dos Trabalhadores Cristãos são também “indispensáveis mais meios e mais profissionais” para que todos os que necessitam tenham acesso aos cuidados de saúde e “sejam tratados com humanismo”.

CB/OC

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