República Centro-Africana: Bispo comboniano salvo por militares portugueses

Religioso de nacionalidade espanhola tinha negociado a libertação de várias pessoas

Lisboa, 19 mai 2017 (Ecclesia) – A Congregação dos Missionários Combonianos informa que o bispo de Bangassou, na República Centro-Africana, foi resgatado aos guerrilheiros pelos comandos portugueses que estão ao serviço das Nações Unidas no país africano.

Os missionários Combonianos explicam que o seu bispo, D. Juan José Aguirre Muñoz, tinha acabado de negociar a “libertação de mais de mil pessoas”, que estavam refugiaram no interior da missão católica.

As conversações realizaram-se na mesquita do bairro muçulmano de Tokoyo, e quando o missionário espanhol saiu “vários guerrilheiros, que atacaram a cidade no dia anterior, abriram fogo”.

Os religiosos que têm como fonte o jornal espanhol ‘Religión Digital’ informam que os Comandos portugueses na República Centro-Africana participaram no salvamento de D. Juan José Aguirre Muñoz, depois do ataque no dia 14 de maio.

Segundo os Combonianos, o seu bispo protege “milhares de muçulmanos” perseguidos pelas milícias locais na região situada a cerca de 700 quilómetros da capital Bangui.

“A informação que eu tive foi que o bispo foi à mesquita, tentou salvar e salvou bastantes pessoas, levou alguns feridos para um hospital dos Médicos Sem Fronteiras. Depois começaram tiroteios e não tenho informação do que aconteceu a seguir. As comunicações com Bangassou não estão muito fáceis”, disse Ana Franco Sousa, uma voluntária portuguesa dos Médicos Sem Fronteiras, à Radio Renascença, divulga a congregação religiosa.

A força portuguesa ao serviço da Organização das Nações Unidas na República Centro-Africana é composta por 160 militares, dos quais 90 pertencem aos Comandos.

CB

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