Roteiro do santuário de Cristo Rei

Monumento é pedra angular do espaço, mas os oito hectares do terreno do santuário têm hoje muito mais para oferecer A 17 de Maio de 1959 era inaugurado o Santuário de Cristo Rei. Nesse dia, 300 mil pessoas quiseram estar presentes para celebrar Cristo Rei e Redentor, na imagem então construída. O proeminente Monumento a Cristo Rei é a pedra angular do espaço, mas os oito hectares do terreno do Santuário têm hoje muito mais para oferecer aos seus peregrinos. O Monumento Em frente ao edifício de acolhimento e voltado para Lisboa, num abraço de Deus a todo o país, ergue-se, a 113 metros do rio Tejo, o monumento a Cristo Rei. A imagem tem na base quatro arcos voltados para os pontos cardeais e um anel que envolve todo o monumento, em sinal do triunfo da realeza de Cristo sobre todo o mundo. A imagem de Cristo Rei surge, verticalmente, com os braços abertos em cruz e o coração visível. Dos 110 metros de altura do monumento, 82 metros correspondem ao pedestal e 28 metros à altura da imagem. Na porta principal do monumento, encontramos os Dez Mandamentos, em bronze, da autoria do Arquitecto Sousa Araújo. Já no interior, no hall de entrada, encontram-se dois quadros a óleo que representam a Queda do Muro de Berlim e a Consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria, pelo Papa João Paulo II, em 1984. Destaque ainda para o nicho do Anjo de Portugal (da Paz) a dar a comunhão aos pastorinhos de Fátima, uma escultura de 2007, da autoria do arquitecto Sousa Araújo que se encontra no exterior, virada para o parque de estacionamento.
Outras medidas: Monumento: – Volume do betão armado: 20 000 m³; Peso total da construção: 40 000 toneladas; Profundidade da sapata: 14 m; Distância mínima de visibilidade: 20 km; Pormenores da imagem: Cabeça: 4,05 m; Coração: 1,89m; Braço: 10 m; Manga (altura): 5 m; Dedo-a-dedo: 28 m. Edifício de Acolhimento Projectado pelos arquitectos Luiz Cunha e Domingos Ávila Gomes, este edifício, cuja construção terminou em 2007, encontra-se à entrada do Santuário, a saudar os visitantes. As suas valências são diversas. Na subcave, encontramos duas camaratas com capacidade para mais de 50 pessoas. A cave é composta por um salão polivalente, quatro refeitórios que servem 350 pessoas, duas cozinhas, sanitários e balneários. No piso térreo, está a recepção, um espaço de internet e sanitários, assim como a residência do reitor e da comunidade religiosa. No primeiro andar, existem duas galerias polivalentes, a reitoria e serviços administrativos. Um piso acima, encontram-se dois salões com capacidade total de 200 pessoas, uma capela e uma biblioteca. O último piso é composto por duas camaratas para duas dezenas de pessoas, sanitários e uma sala de reuniões para 50 pessoas. Cruz Alta A Cruz Alta, deitada frente a Lisboa, provém do Santuário de Fátima. Na verdade, esta cruz era venerada na Cova da Iria desde 13 de Outubro de 1951 a até ter sido retirada devido à construção da nova basílica. Oferecida ao Santuário de Cristo Rei em 2007 e inaugurada pelo aniversário, nesse mesmo ano, a Cruz Alta representa a geminação entre os dois santuários e a mensagem de paz que ambos transmitem. Sala Beato João XXIII Dedicada ao Papa beato João XXIII, em cujo pontificado foi inaugurado o Monumento, em 1959, esta sala compreende algumas obras de arte a ele ligadas. É de salientar o cálice oferecido por João XXIII ao Santuário de Cristo Rei (que lhe tinha sido oferecido pelo Santuário de Fátima, em 1956, aquando da sua visita) e oito quadros a óleo do Arquitecto Sousa Araújo, baseados na encíclica «Pace in Terris» do mesmo Papa. Capela de Nossa Senhora da Paz Dentro dos quatro pilares do monumento encontra-se o local de oração e paz, por excelência. A capela que hoje se pode visitar é, contudo, bem diferente da original, projectada pelo Arquitecto António Lino. Ainda assim, após as remodelações de 2006, feitas em colaboração do Arquitecto Sousa Araújo, permanece a imagem de Nossa Senhora da Paz, da autoria do mestre Leopoldo de Almeida, uma réplica da oferecida para a Igreja de Santo Eugénio, em Roma, em 1950. A capela-mor está hoje decorada com um fresco de Sousa Araújo, que representa o Santuário de Cristo Rei, a terceira parte do segredo de Fátima e os milhares de mártires do século XX, enquadrados pelos anjos que derramam o seu sangue. No centro, encontra-se um tríptico pintado a óleo alusivo à última aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos, a 13 de Outubro de 1917, e a Cristo que abençoa o Mundo, envolvendo-o no Seu Coração. Na Capela, podemos ainda ver diversos quadros: a Aparição de Nossa Senhora de Fátima do Arquitecto Sousa Araújo, à entrada da capela; por cima, o políptico do altar da Capela-Mor da Catedral de Nampula (Moçambique), dedicado a Nossa Senhora de Fátima, Rainha da Paz; Nossa Senhora da Conceição Aparecida, do lado esquerdo, doada pela Embaixada do Brasil; o Anjo de Portugal, segundo o Apocalipse de São João, à saída da capela; a Imaculada Conceição com o arcanjo São Miguel, na sacristia; e a instituição do Sacramento da Reconciliação, segundo São João. De referir igualmente os três vitrais da Santíssima Trindade de São João e a Via-Sacra inspirada na existente nos corredores do Santuário da Virgem Negra, na Polónia. Capela do Santíssimo Sacramento Na Capela de Nossa Senhora da Paz, há ainda espaço para o Santíssimo Sacramento, junto à escultura de Nossa Senhora. Sobre o sacrário fundido em bronze encontram-se dois quadros a óleo que representam Cristo na Última Ceia e o Apocalipse de São João. Neste último são visíveis diversas passagens do Apocalipse, o último livro das Sagradas Escrituras. Ainda neste espaço, podemos ver dois quadros referentes à Agonia de Jesus no Horto, sobre a entrada da Sala da Misericórdia, e às revelações de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque. Sala da Misericórdia Ainda na Capela, encontramos, frente à sacristia, a Sala da Misericórdia, com um quadro alusivo à Hora da Misericórdia segundo as revelações de Jesus a Santa Faustina Kowalska e um políptico, que concentra quinze quadros sob o tema de Nossa Senhora da Misericórdia e onde constam as obras de misericórdia corporais e espirituais. Elevador Num ambiente circular, o elevador leva-nos em direcção a Deus e recorda a vocação celeste. Aqui encontramos Cristo crucificado, uma figura em cobre do Arquitecto Sousa Araújo. Já a caminho do topo, a 17 metros, vislumbra-se um quadro representando a Ascensão de Jesus aos Céus, segundo o Evangelho. À chegada ao último piso, a 84 metros de altura, encontramos um quadro de Nossa Senhora sobre a invocação “Arca da Aliança”. Capela dos Confidentes Antes do terraço, foi construída a Capela dos Confidentes do Coração de Jesus. Aqui se encontram as relíquias de Santa Margarida Maria Alacoque, a quem Jesus pediu a instauração da festa do Sagrado Coração de Jesus, oferecidas em 2007 ao Santuário. Encontram-se também as relíquias de Santa Faustina Kowalska, religiosa polaca que difundiu o culto à Divina Misericórdia. Na zona do altar, observamos dois baixos-relevos em bronze, que representam a Anunciação do Anjo a Nossa Senhora e o Sagrado Coração de Jesus. Além destes, podemos ver os quadros de Santa Margarida, da beata Maria do Divino Coração, de São João Eudes e de Santa Faustina Kowalska. Terraço No terraço, contempla-se a imagem de Cristo Rei e do Seu Divino Coração. Somos presenteados com uma magnífica vista que, em dias de céu limpo, permitem alcançar um raio de 20 km sobre a cidade de Lisboa, os seus bairros, colinas e monumentos típicos, a baía do Seixal, o mar da Palha, a Serra da Arrábida, o Castelo de Palmela e ainda a serra de Sintra, com o Palácio da Pena, e o Santuário do Cabo Espichel, em Sesimbra. No exterior, ao lado da Capela, encontra-se a loja de lembranças, um posto de informações e restauração. Informações: www.cristorei.pt e “Peregrinos de Cristo Rei de Almada”, Pe. Sezinando Luís Felicidade Alberto.

Partilhar:
plugins premium WordPress
Scroll to Top