Setúbal: Responsável sublinha importância da relação entre família e catequese

Dia Diocesano do Catequista decorreu no Santuário de Cristo-Rei

Almada, 05 fev 2018 (Ecclesia) – O diretor do Secretariado da Catequese da Diocese de Setúbal, padre Rui Gouveia, considera que existe “um esforço muito grande” das paróquias de integrar as famílias no percurso catequético.

“A família tem um papel preponderante na transmissão da fé” porque “quando um pai ou uma mãe se implicam diretamente nesta área”, o catequista tem a “tarefa facilitada”, disse o padre Rui Gouveia à Agência ECCLESIA.

Com o tema «Retrato de Família: transmissão da fé de pais para filhos», neste encontro cada vigararia apresentou um subtema relacionado com a temática central e o padre Rui Gouveia realçou que “não existem receitas” para o afastamento de alguns jovens depois do ciclo catequético.

No dia do catequista da Diocese de Setúbal, celebrado este domingo, no Santuário de Cristo-Rei, em Almada, estiveram presentes centenas de catequistas das várias vigararias.

“É fundamental em cada circunstância haver um acompanhamento e contacto direto”, disse.

Se a ideias “são importantes no crescimento dos jovens”, o diretor do Secretariado da Catequese da Diocese de Setúbal refere que a “relação de proximidade” é uma aposta permanente.

A manhã foi dedicada a um conjunto de sete apresentações preparadas por cada uma das vigararias: “Os Pais são testemunhas do Amor”; “A Paróquia acolhe os Pais”; “A Paróquia e as feridas familiares”; “A Arte de acompanhar os Pais”; “O anúncio da fé aos Pais”; “Os Pais protagonistas na educação” e “Os Pais e a festa do Domingo”.

Ao nível da renovação da catequese, o padre Rui Gouveia reconhece que os “novos catecismos” vieram dar “novas potencialidades” à catequese.

Quanto aos catequistas, o responsável deste setor sublinha que sente que estes educadores da fé “têm necessidade de se formarem e de estarem à altura” das crianças e jovens que aparecem na catequese.

A Igreja em Setúbal tem um compromisso com os jovens da catequese que passa por “experiências de fé intensas”, uma oração “muito baseada no concreto” e “atitudes de ajuda ao próximo”, disse à Agência ECCLESIA a catequista Susana Santos, a qual realçou que deve haver uma “relação forte” entre a família e a catequese.

A família é “extremamente importante na catequese” porque sem ela, “o trabalho dos catequistas não tem o eco desejado”, frisou esta catequista de uma paróquia da cidade de Setúbal.

Celebração do Crisma na Diocese de Setúbal (imagem de arquivo)

Os catequistas debateram “as melhoras formas e estratégias de conseguir agregar as famílias à Igreja”, salientou Susana Santos.

Apesar de uma Igreja “um pouco envelhecida”, os jovens de Setúbal quando lhes “dão espaço e oportunidades, mostram que estão bem vivos”, referiu.

A juventude de hoje não é “a mesma das décadas anteriores”, por isso é fundamental “acompanhar os ritmos dos jovens e dar-lhes as melhores respostas”.

Susana Santos é educadora da fé na Paróquia de Nossa Senhora da Conceição (Setúbal) e realça que a sua paróquia “é privilegiada” porque “tem muitos jovens que assumem um compromisso e são os verdadeiros motores da paróquia”

O jovem catequista João Marques é da paróquia da Quinta do Conde (Sesimbra) e reconhece que quando se encerra o ciclo catequético, os “jovens vivem na sua fase de dúvidas e das questões”.

“Nesta fase a Igreja deixa de ter um percurso delineado para eles”, afirmou à Agência ECCLESIA.

Para João Marques existem “muitos bons catequistas de todas as idades”, mas o facto de ser jovem consegue “com mais facilidade aproximar-se da linguagem deles e das coisas que eles gostam e apreciam”, disse.

LFS

Notícia atualizada às 13h15

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