Símbolos cristãos nos espaços públicos

Administrador Apostólico da Diocese do Porto lembra longa tradição cristã em Portugal e a lei da liberdade religiosa D. João Miranda Teixeira, Administrador Apostólico da Diocese do Porto, manifestou-se este Domingo contra as correntes que querem expulsar os símbolos cristãos dos espaços públicos. “As forças laicas, em França, já eliminaram o velho feriado do Pentecostes. Entre nós, há tentativas para fazer sair os símbolos cristãos, e nomeadamente a cruz, dos espaços públicos”, disse, na Celebração Eucarística de Abertura das Quarenta Horas Paróquia do Santíssimo Sacramento. O responsável deixou claro que “não queremos impor o Evangelho e a nossa fé a ninguém”, mas, frisou que, “tendo em conta a longa tradição cristã do nosso povo e baseados na lei da liberdade religiosa, estamos no pleno direito de manifestar a nossa fé e anunciá-la por palavras e mesmo com acções públicas de procissão e adoração solene do Santíssimo Sacramento”. Aos católicos deixou ainda o desafio de “fazer mais”, insistindo “numa renovada catequese das crianças, dos jovens e dos adultos, sobre a liturgia eucarística e o significado de cada gesto, sobre os fundamentos da fé cristã, progressivamente posta em causa por uma sociedade não apenas laica, mas «laicista»”. “As crianças vão-se desafectando da Missa. Os jovens têm cada vez menos tempo útil, nas manhãs de domingo para a presença na eucaristia. E muitos adultos não acompanham os filhos no crescimento espiritual e na experiência de fé. Depois, é claro que eles se desencaminham por outras veredas perigosas”, lamentou. Quarenta horas de Adoração nas Paróquias do Porto As paróquias do Grande Porto (Porto e seus aros Norte e Sul) estão reunidas, desde este Domingo, na igreja paroquial do Santíssimo Sacramento (Rua Guerra Junqueiro – à Boavista) para um Lausperene de 40 horas, que terminará pelas 13 horas da terça-feira de Carnaval (20 de Fevereiro) A escolha desta igreja deve-se ao facto de ser a única nesta região que foi dedicada ao Santíssimo Sacramento. No início da iniciativa, o Administrador Apostólico da Diocese frisou que “a Eucaristia é o mistério, a memória e a presença real desse acontecimento de fé que foi a Paixão, morte e Ressurreição de Jesus, que deve encher as nossas almas de alegria, reconhecimento e acção de graças”. A oração de louvor, diante do Santíssimo Sacramento solenemente exposto, durante quarenta horas, recomeçou nesta Diocese no ano da Eucaristia (2005). Historicamente, esta é uma tradição que vem desde 1527, em Milão, com o Padre Gian Belloti, e depois com Santo António Maria Zacarias, S. Filipe de Neri, dos barbanitas, capuchinhos, jesuítas e carmelitas descalços.

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