Sínodo 2018: Jovens exigem presença qualificada no mundo digital

Tema em destaque nos trabalhos da assembleia

Octávio Carmo, enviado da Agência ECCLESIA ao Vaticano

Foto: Ricardo Perna/Família Cristã

Cidade do Vaticano, 19 out 2018 (Ecclesia) – Os trabalhos do Sínodo dos Bispos 2018, a decorrer no Vaticano, sublinharam a necessidade de uma presença qualificada da Igreja Católica no mundo digital, junto das novas gerações.

O tema esteve hoje em destaque, na conferência de imprensa que aborda o decorrer da assembleia convocada pelo Papa Francisco, com o bispo libanês D. Joseph Naffah, da Igreja Maronita, a destacar o papel das novas tecnologias para manter a presença junto dos jovens emigrantes.

“Nós somos uma Igreja de esperança, estamos a lutar”, assinalou o responsável.

D. Joseph Naffah lançou projeto online permite o com os jovens espalhados nos “quatro continentes do mundo”; 550 estudantes, em língua árabe, reúnem-se neste instituto para o estudo de Ciências Religiosas, incluindo jovens presos.

O bispo libanês pediu um departamento especial, no Vaticano, que reúna a experiência dos vários países e reconheça a validade das mesmas, a fim de que a Igreja esteja “fortemente presente” no mundo digital.

D. Emmanuel Kofi Fianu, bispo Ho (Gana), por sua vez, falou das suas propostas de reflexões bíblicas através da internet, para os mais jovens, destacando o potencial destas plataformas para “evangelizar através do mundo digital”

Yadira Vieyra, uma das convidadas do Sínodo dos Bispos, falou aos jornalistas do seu trabalho como investigadora e assistente de famílias de imigrantes nos EUA, realçando a necessidade de “motivar a Igreja, os seus líderes, a levar a sério o problema de saúde mental” nesta população.

A jovem participante considerou que os Centros de Detenção para menores são “desumanos”, defendendo um investimento nas famílias, muitas das quais estão dispostas a “sacrificar tudo” e a correr “riscos enormes”.

Questionada sobre a presença da Igreja junto da “comunidade LGBT”, Yadira Vieyra defendeu que é preciso “encontrar formas” de dizer a estas pessoas que “Jesus as ama” e que as comunidades católicas as acolhem.

O Vaticano informou que a hashtag oficial #Synod2018 foi referida cerca de 70 mil vezes, desde o dia 1 de outubro, em particular nos EUA, Itália, Espanha e México; menos de 10% dos tweets manifestava um “sentimento negativo” sobre a assembleia sinodal que decorre até ao próximo dia 28.

OC

A reportagem do Sínodo dos Bispos é realizada em parceria para a Agência Ecclesia, Família Cristã, Flor de Lis, Rádio Renascença e Voz da Verdade

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