Sociedade/Igreja: «São necessárias mais vozes de mulheres em funções de liderança» – diretora executiva da Fundação Fé e Cooperação

Agência Ecclesia partilha 13 testemunhos na comemoração do Dia Internacional da Mulher

Lisboa, 08 mar 2017 (Ecclesia) – A diretora executiva da Fundação católica Fé e Cooperação – FEC considera que são precisas “mais vozes” femininas em funções de liderança “dentro da Igreja e na sociedade em geral”,.

“Ser mulher faz diferença? Não sei. Existe uma liderança feminina? Também não tenho a certeza. Sei que são necessárias mais vozes de mulheres em funções de liderança dentro da Igreja e na sociedade em geral”, constata Susana Réfega.

Num artigo de opinião, publicado no Semanário ECCLESIA, a responsável refere que acredita numa “liderança servidora” mais do que liderança feminina ou masculina.  

A diretora executiva da FEC, desde 2009, explica que tem vivido “um tempo intenso, um tempo de grande aprendizagem humana e profissional” em que partilha alegrias e desafios com uma equipa motivada, comprometida e altamente qualificada que está presente em quatro países.

“Combater a pobreza e as desigualdades sociais em contexto tão diversos como a Guiné-Bissau, Angola ou Portugal é um desafio de extrema complexidade”, acrescenta.

Susana Réfega acredita que liderar uma organização é “antes de mais liderar pessoas”, por isso, é uma “profunda crente do trabalho em equipa”, onde se realiza a par do “potenciar o que cada um tem de melhor”.

“É também no trabalho em equipa que mais desafios encontramos na diversidade de olhares, perspetivas e prioridades. Mas a riqueza está mesmo aí”, observa a diretora executiva da organização não-governamental para o Desenvolvimento que foi fundada em 1990 pela Conferência Episcopal Portuguesa e os Institutos Religiosos.

Já Lisandra Rodrigues, d 29 anos, é presidente nacional da Juventude Operária Católica.

“Descobri como gerir equipas, pessoas, objetivos, expectativas, projetos, palavras, expressões, emoções, desilusões, medos, críticas, fracassos, convicções, certezas, sucessos, elogios, alegrias, realizações”, conta num artigo de opinião.

Em abril de 2014, a JOC desafiou a jovem da Diocese do Porto para disponibilizar três anos da sua vida em “total serviço” e recorda que nos “primeiros dias não tinha rotina”.

“Conheci muitos jovens de diferentes grupos em várias dioceses, participei das suas reuniões, das suas revisões de vida, das suas ações, acompanhei-os nas suas vidas e na defesa da sua dignidade”, explica, acrescentando que convidou também muitos jovens a conhecer o movimento.

A presidente nacional da JOC tem participado em reuniões com outros movimentos e organizações, na preparação de muitas atividades de formação e enfrentou “a vergonha das câmaras de televisão e dos microfones da rádio” para falar do movimento.

No contexto do Dia Internacional da Mulher, assinalado hoje, o mais recente Semanário ECCLESIA partilha 13 testemunhos de mulheres que têm responsabilidade de liderança em diferentes áreas na Igreja Católica em Portugal, a nível nacional e diocesano; o dossier é introduzido por duas intervenções do Papa Francisco, que tem pedido desde o início do seu pontificado uma presença efetiva das mulheres nos locais de decisão, na Igreja e na sociedade.

CB/OC

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